José Prudêncio
Escola no Ano Zero
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André Mané
A Pressão a Que Um Jogador de Futebol Está Sujeito

Projecto de Investigação

1. Tema geral: Domínio mental

2. Tema específico: Área de Projecto

3. Título do trabalho: A pressão a que um jogador de futebol está sujeito

4. Pergunta a que o trabalho responde: O que leva um jogador de futebol a cometer uma agressão?

5. Programa: Pesquisa na internet e consulta de livros sobre o tema escolhido.

André Filipe Roberto Mané

12º 4, nº 32

Estoril, 1 de Dezembro 2009

Introdução

Neste trabalho tenta explicar a quem o ler, as pressões psicológicas que um jogador de futebol está sujeito. Estão explicados os papéis do treinador, do jogador, as qualidades psicológicas específicas que deve possuir e está também presente um exemplo no qual existiu um comportamento violento. O futebol é um desporto psicologicamente exigente, tanto a nível intelectual como afectivo, exigindo ainda um rápido e eficaz tratamento da informação, motivação constantes e capacidade de integração em grupo.

O papel do treinador

Um jogador de futebol tem que estar psicologicamente preparado a todo o momento. Este desporto apresenta pressões psicológicas específicas, devendo os treinadores, nos escalões de formação, dar prioridade à educação, como se fossem pais.

O treinador tem que ser capaz de analisar as capacidades e qualidades do jogador, tanto em situação de treino como em competição. Nunca perdendo de vista o objectivo de desenvolver e aperfeiçoar o jogador para um melhor rendimento da equipa e do jogador.

A Pedagogia activa é extremamente importante, não se pode exigir uma melhoria instantânea.

“Hoje em dia todas as equipas treinam praticamente ao mesmo nível, os aspectos físicos, técnicos e tácticos e aquilo que faz a diferença são os factores mentais e de comportamento. Os Dirigentes que não forem capazes de perceber isto, serão rapidamente ultrapassados pelas circunstâncias. Este livro pelo seu carácter extremamente didáctico e prático pode ser fundamental na permanente actualização que hoje em dia se exige aos Dirigentes, Jogadores, Treinadores e a todos os Agentes envolvidos no fenómeno futebol. "Querer é Poder".”

Qualidades psicológicas do jogador

As qualidades psicológicas que um jogador deve possuir são: solidariedade, persistência, motivação, combatividade, perseverança, controlo emocional, autoconfiança, etc. Os jogadores mais jovens são motivados para o jogo e necessitam mais de desenvolver a sua autoconfiança. A idade e a experiência trazem uma maior autoconfiança, um maior realismo e percepção das situações que poderão ocorrer durante o jogo ou durante toda a competição.

A agressividade

A agressividade ou o comportamento agressivo é o “início intencional do comportamento violento é prejudicial. "Violento" significa qualquer ofensa física, verbal ou não verbal, enquanto "comportamento para causar dano", quer dizer, qualquer intenção ou acção prejudicial.”.

A agressão física de um jogador contra o outro durante um jogo de futebol? De um modo geral, se as regras do jogo forem respeitadas, ou seja, se não houver excesso e ninguém extravasar os limites do próprio jogo de futebol, o jogador que cometer a infracção estará amparado pelo “exercício regular de direito”, o que torna a agressão um acto que não seja crime nem ilícito; por outro lado, caso um jogador, ao lesionar o outro, não tenha obedecido às regras do jogo de futebol, responderá por agressão, tendo havido “abuso de direito”. Entende-se ainda que o jogador que, durante a paralisação da partida (portanto fora do contexto do jogo), ataca e fere outro jogador, praticando um acto que não seja inerente ao futebol, estará a praticar um crime de lesão corporal, até porque estará também a cometer uma agressão intencional e fora das regras do jogo. Ainda: se o jogador agredido revidar imediatamente, no jogo, não responderá por crime lesão corporal, pois terá agido em legítima defesa por agressão injusta.

A agressividade que ocorre não só no futebol, mas como no desporto em geral, pode-se tornar um problema social. A agressividade reflecte factores sociológicos, factores de personalidade e de formação do jogador, factores sociais mais amplos, por exemplo, a forma como o tema aparece tratado na comunicação social e factores associados ao treino e à competição (treinador, claques, contexto desportivo).

Apesar de a maioria dos jogadores apresentar pouca agressividade hostil ou reactiva, muitas vezes apresentam uma agressividade atlética mais acentuada. Os jogadores seniores têm uma maior agressividade reactiva ou hostil, aquela que tem como único objectivo prejudicar o adversário, do que os jogadores do escalão júnior, segundo os estudos de B. Kirker, G. Tenenbaum e J. Mattson.

Embora os dirigentes e responsáveis desportivos e o sistema social não defendam a agressividade no desporto, também não contribuem em nada para um ambiente de prática desportiva mais favorável a comportamentos menos agressivos e moralmente mais correctos e aceitáveis. Os treinadores, por exemplo, poderiam ajudar os seus jogadores a substituir os comportamentos agressivos por alternativas mais aceitáveis e igualmente eficazes para o rendimento da equipa. Pelo impacto social que o desporto tem, em muitos países, poderia se tornar num exemplo de atitudes e comportamentos pautados pela aceitação e tolerância.

Exemplo de um comportamento agressivo

Todos nós nos lembramos das imagens do descontrolo emocional de Pepe, jogador luso-brasileiro ao serviço do Real Madrid, que agrediu violentamente um jogador adversário e ainda agrediu mais dois levemente adversários. Muitos afirmaram que foi pura maldade, outros que se descontrolou no momento.

Podemos dizer que um atleta, principalmente os de alto rendimento, é lhe exigido uma dedicação intensa para obter os melhores resultados possíveis, sejam eles individuais ou colectivos.

O quotidiano de um atleta envolve sempre imensa pressão, desde a luta por um lugar na equipa para ser opção para o treinador, a luta contra si próprio para se superar, depois vem a imprensa que tem um papel importante, são as noticias que podem elevar demasiado a auto-estima de um jogador ou então tirar-lhe a auto-estima com noticias ruinosas para a sua carreira mas que mexem com o seu interior e leva a mudanças de comportamentos.

Dai a importância que o treinador terá que ter nas relações com os atletas de modo a que conheça bem a sua personalidade, pois é o elemento mais próximo do atleta ao longo da época, e mesmo clubes que tenham psicólogos para se poder planear programas de treino psicológico é necessário saber se existe um estado psicológico característico que permite ao atleta alcançar o seu máximo rendimento, mas para isso são necessárias investigações.

Sei que tudo isto não desculpa as atitudes que muitas vezes se vêem em campo, mas se podermos entrar um pouco na pele desta caso do Pepe, poderemos compreender de uma forma diferente e compreender é mais importante que criticar.

Tentemos visualizar, o Real Madrid na luta pelo titulo, jogo empatado, de repente uma falta cometida por si que poderá deitar por terra todos os sonhos, os seus, os dos colegas, dos sócios, a sensação de injustiça no momento, a confusão de ideias, a revolta, a fúria principalmente que se debate no seu interior, tudo isto é muito difícil para a pessoa que o vive, para nós que assistimos é apenas um acto de violência mas é importante apurar o que está por detrás daquela atitude sabendo que é indesculpável a sua atitude. E tudo isto agravado com o mediatismo gigantesco que existe no Real Madrid e na Liga Espanhola.

Conclusão

Em suma, um jogador está constantemente sob variados tipos de pressão. Pressão da imprensa, pressão dos treinadores, pressão dos adeptos, etc. Cada jogador reage de maneira diferente a estas pressões mas consoante as suas características poderia se conseguir determinar e treinar os jogadores que são mais susceptíveis a cometer agressões.

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Bibliografia

Ruas, A. M. (2008) Formação do jogador de futebol. Online em http://formareducarcompetir.blogspot.com/2008/03/formao-do-jogador-projecto-de-treino.html, consultado em 28.11.2009.

Bredemeier, B. J. (1975). The assessment of reactive and instrumental athletic aggression.

Sage, G. (1986). Effects of Physical Activity on ChildrenLeitão, L. A. & Tubino, M. J. G. (2002). A moral e a ética do carrinho no futebol.

Cozac, J. R. (2000) Futebol e Psicologia. Online em http://www.existencialismo.org.br/jornalexistencial/renatafuteboljoao.htm, consultado em 29.11.2009.

Carvalhaes, J. (1974). Um Psicólogo no Futebol: Relatos e Pesquisas

Brito, A. P. Psicologia do Desporto para Atletas

Silvério, J. e Srebro, R. Como ganhar usando a cabeça- Guia de Treino Mental para o Futebol

André Mané
A Música RAP
Projecto de Investigação

1. Tema geral: Ética

2. Tema específico: RAP

3. Título do trabalho: A música RAP

4. Pergunta a que o trabalho responde: Será justo apelidar a música RAP de violenta e instigadora à violência?

5. Programa: Pesquisa na internet sobre o tema escolhido

André Filipe Roberto Mané

12º 4, nº 32

Estoril, 10 de Dezembro 2009

O que é o RAP?

O RAP (Rhythm and Poetry) é o discurso rítmico com rimas, sendo um dos elementos da música e cultura hip hop. O RAP tem uma batida rápida e acelerada e a letra vem em forma de discurso, muita informação e pouca melodia. Geralmente as letras falam das dificuldades da vida dos habitantes de bairros pobres das grandes cidades.

RAP é um estilo musical raro em que o texto é mais importante que a melodia, que o acompanha. É um dos dois únicos estilos musicais da história da música ocidental em que o texto é mais importante que a música, sendo o outro o canto gregoriano.

Geralmente, o RAP é cantado e tocado por uma dupla composta por um DJ (disc-jóquei), que fica responsável pelos efeitos sonoros e misturas de sons, e por MC’s (mestres-de-cerimónias) que se responsabilizam pela letra cantada. Quando o RAP possui uma melodia, ganha o nome de hip hop. Um efeito sonoro muito típico do rap é o scratch (som provocado pelo atrito da agulha do toca-discos no disco de vinil). Foi o rapper Graand MasterFlash que lançou o scratch. Outro recurso muito presente no RAP é os samples (amostras), que são pequenas "pedaços" de outras músicas, covers (pré-gravadas), e inseridas digitalmente numa nova música. Os samples tanto podem ser da parte instrumental de uma música como podem ser de vocais.

O cenário rap é complementado por danças com movimentos rápidos e malabarismos corporais. O break dance, por exemplo, é um tipo de dança relacionada ao RAP. O cenário urbano do RAP é formado ainda por um visual repleto de grafites nas paredes das grandes cidades.

A origem do RAP

A origem do rap remonta à Jamaica, mais ou menos na década de 1960 quando surgiram os sistemas de som, que eram colocados nas ruas dos guetos jamaicanos para animar bailes. Esses bailes serviam de fundo para o discurso dos "toasters", que comentavam assuntos como a violência das favelas de Kingston e a situação política da ilha e de outros assuntos, como sexo e drogas.

No início da década de 1970 muitos jovens jamaicanos foram obrigados a emigrar para os Estados Unidos da América, devido a uma crise económica e social que se abateu sobre a ilha. O DJ jamaicano Kool Herc, introduziu em Nova Iorque a tradição dos sistemas de som e do canto falado, que se sofisticou com a invenção do scratch.

O primeiro disco de rap que se tem notícia, foi registado em vinil e dirigido ao grande mercado (as gravações anteriores eram "piratas") por volta de 1978.

No começo da década de 1980, muitos jovens norte-americanos, cansados da “disco music”, começaram a “mixar” músicas, e criar sobre elas, arranjos específicos. O funk e o jazz também foram “ancestrais directos” do RAP. As músicas de James Brown já serviram de base para muitas músicas de rap. É considerado o marco inicial do movimento rap norte-americano, o lançamento do disco Rapper’s Delight, do grupo Sugarhill Gang.

Inicialmente, os temas das letras giravam em torno de assuntos como festa e diversão, que aos poucos foram substituídos por outros temas como as desigualdades sociais e o combate ao racismo. Vinte anos depois, tornou-se um dos estilos musicais mais popular em todo o mundo.

O rap, assim como o blues, no seu início era um ritmo mais comum entre pessoas de classe social mais baixa e que, com o tempo, invadiu o mercado de todos os grupos sociais, sendo um dos estilos musicais que mais vendeu no mercado popular dos anos 1990 até o início da década de 2000. Mas, desde 2006, a venda do RAP tem caído drasticamente, muito por culpa dos downloads ilegais.

Em Portugal a primeira compilação de RAP surgiu em 1994 com o nome de”Rapública”, que continha músicas de vários rappers portugueses.

Tipos de RAP

Existem vários tipos de RAP, entre eles, o Freestyle, o “Gangsta Rap”, o Underground, Pop Rap e o Rap Core.

O Freestyle é o modo de cantar o rap de forma improvisada. Colocando versos feitos na hora, baseados nos versos dos seus adversários. Geralmente os MC's participam em “battles”, disputas de Freestyle onde um tenta ser melhor do que o outro.

O Rap Core é a combinação do rap com estilos como o punk, o funk e também metal. Apareceu nos anos 80 e, na verdade, os pioneiros neste estilo foram os Run DMC. No Rap Core é comum falar sobre temas de cariz políticos A sonoridade é criada através de batidas de hip hop acopladas a instrumentos musicais como a guitarra, bateria, baixo, etc. Exemplos deste tipo são Limp Bizkit, Beasty Boys, Linkin Park, Run Dmc e, os portugueses, Da Weasel.

O Gangsta Rap nasceu nos Estados Unidos nos anos 80, mais especificamente na West Coast, nos guetos de LA e Compton. As letras de Gangsta Rap são caracterizadas como violentas, pois falam na sua maioria do dia-a-dia violento dos jovens e também costumam criticar a sociedade e mostrar as suas injustiças. O gangsta Rap é mau visto aos olhos da sociedade, é considerado condenável pois afirma-se que incita a violência e propaga a ignorância entre os jovens. Um dos maiores grupos de sempre de Gangsta RAP foi os N.W.A (niggaz with attitude), constituído pelo Eazy-E, por Dr. Dre, Ice Cube, Mc Ren e Dj Yella. Foi também um dos mais polémicos, tanto que receberam uma intimação do F.B.I para que suavizassem o conteúdo das letras devido ao clássico “Fuck The Police”. Tem como rappers mais conhecidos: Snoop Dogg, Nas, Dr. Dre, Ice Cube, etc.

O Pop Rap é o nome dado á junção do rap com a música pop. No Pop Rap os elementos são do hip hop são deixados de lado dando lugar a um som mais melódico sem a profundidade nas letras e nem a agressividade dos outros estilos de rap. No Pop rap o mais importante é o refrão. O Pop Rap é a versão mais comercial do rap, pois fala de temas que as pessoas querem ouvir e são músicas que se podem dançar. Um dos primeiros MC’s a fazer sucesso com o Pop Rap foi Mc Hammer que ficou mundialmente famoso com a música “Can’t touch this”. As músicas de Kanye West, Busta Rhymes, entre outros, são exemplos de músicas Pop Rap.

O Rap Underground é também conhecido como Rap alternativo é um estilo em que os MC’s focam as suas letras nos problemas da sociedade as desigualdades sociais a violência as necessidades das comunidades carentes, e também da vida em geral. É também o estilo mais original pois cada Mc mostra uma postura única o que o diferencia totalmente do Pop rap. O Rap Underground é o estilo menos comercial dentro do Rap pois dentro do estilo a mensagem e a verdade das letras é o principal, e é por isso que os Mc's por vezes gravam de forma independente sem editora. O rap Underground é o estilo de rap mais revolucionário. Tem como principais referências: Tupac Shakur, Eminem, Notorious B.I.G, entre outros. O movimento Underground é o que tem mais força em Portugal conta com MC’s como Valete, Adamastor, entre outros.

O RAP e a violência

O RAP não foi a razão da violência; mas se tornou, por meio das canções, uma das representações da violência. Os produtores do RAP perceberam a força do tema no quotidiano e o consequente reforço dado pelos meios de comunicação, e especializaram se em abordar a violência em todas as suas dimensões.

O facto de o RAP ter sido confundido preconceituosamente com o crime, como se a expressão incitasse à violência, impediu que a representação feita pela letra, que apenas tenta mostrar e alertar para o crime que acontece nos guetos, fosse plenamente apreendida e costuma-se associar, também, que o RAP feito, por negros, faz crer que ler e estudar é coisa de branco. Mas a realidade é que a sociedade prefere condenar ao permitir que verdades sejam ditas e mostradas.

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Bibliografia

Online in http://pt.wikipedia.org/wiki/Rhythm_and_poetry, consultado em 9.12.2009.

Online in http://screw.no.comunidades.net/index.php?pagina=1233071186, consultado em 09.12.2009.

Carvalho, J. B. S. (2006) RAP Contra Crime, Drogas e Violência. Online in http://www.capao.com.br/abre_artigo.asp?id_artigo=613, consultado em 09.12.2009.

(2004) RAP. Online in http://www.suapesquisa.com/rap/, consultado em 10.12.2009

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Última actualização: 13 de Dezembro de 2009
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