José Prudêncio
Escola no Ano Zero
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Luís Guerreiro
O MEDO DE ERRAR E A NOSSA SOCIEDADE
Projecto de Investigação

1. Tema geral: Domínio Mental

2. Tema específico: Medo de errar

3. Título do trabalho: O medo de errar e a nossa sociedade

4. Pergunta a que o trabalho responde: O que nos leva a ter medo de errar?

5. Programa: Reflexão sobre o tema e breve teoria.

Luís Paulo dos Santos Guerreiro

12º3 Número 10

Estoril, 18 de Novembro 2009

Introdução

Com este trabalho procuro transmitir e informar todos os seus leitores sobre algo que afecta a nossa sociedade e é cada vez mais banalizado, ignorando assim um problema que de uma forma ou de outra nos influencia, por pouco que seja, menosprezando as pessoas que por este são afectadas.

Hoje em dia, muitas pessoas vivem com este medo, e devido a isso retraem-se, guardam para si algo que poderia estar certo e perdem a oportunidade de marcar a diferença ou de fazer algo inovador e especial.


O medo de errar

A incapacidade de alguém expressar os seus pensamentos ou aquilo em que acredita, pode ser reflectida pelo medo de errar, levando-o a toma-los, à partida, como errados.

Este medo acaba por aprisionar as pessoas naquilo em que acreditam, mas estando sempre presente a sombra da possibilidade do erro. Este receio de errar seria uma coisa positiva, na medida em que o indivíduo tentava só falar ou debater sobre o assunto conhecido, mas quando é levado ao extremo torna-se frustrante, visto que as pessoas não se conseguem expressar sem ter medo de o fazer.

O que nos leva a ter medo de errar?

Algumas causas possíveis podem ser: más experiências sofridas pelo indivíduo durante a sua infância ou durante o seu percurso escolar, período de grande susceptibilidade a críticas e preconceitos por parte dos colegas; influência da sua personalidade, como por exemplo, a timidez; sentimentos que advêm da incapacidade de gerir as críticas, destrutivas ou construtivas, principalmente durante a adolescência.

O medo da opinião e da crítica daqueles que nos rodeiam ou uma altura/fase da nossa vida, em que tudo corre mal e não “acertamos uma” são também factores de grande peso que promovem o desenvolvimento desta fobia.

Quais as implicações de ceder ao mesmo?

Com este medo geram-se obstáculos à capacidade comunicativa e à de interacção social, que influenciam a colaboração activa nas acividades do dia-a-dia, e até mesmo nas relaçãoes pessoais.

As capacidades acima referidas, demonstram-se essenciais ao desenvolvimento do campo intelectual, deste modo, a perturbação das mesmas provocará lacunas na construção de linhas de pensamento e articulação de ideias.

Outra das consequências será a futura incapacidade de trabalhar em grupo e cooperação com colegas de trabalho conduzindo a uma dificuldade em conseguir emprego ou melhores cargos dentro de uma empresa.

Tudo isto culmina num afastamento ou isolamento do indivíduo, sendo todos estes factores promotores da sua inibição.

Este medo acresce também um sentimento de culpa e de frustração, uma vez que se tem a total consciência deste problema e dificilmente as pessoas se vêm livres dele.

Como e quais as estratégias a utilizar para não sofrer as suas influências?

Como exemplo de algumas estratégias para combater o medo do erro podemos considerar: não pensar no mesmo como algo negativo, tentar encara-lo como algo natural ou até fazendo uma pequena brincadeira em volta dele, ridicularizando o medo; procurar apoio por parte dos amigos mais próximos e/ou familiares; tentar reconquistar a confiança em si próprio.

Reflexão

Resumindo, este problema tem implicações, em alguns casos, bastante sérias na vida das pessoas, e como consequência, na nossa sociedade.

Por exemplo, qualquer director de vendas de uma empresa necessita de um grande à-vontade para dar a conhecer o seu produto ou material, caso contrário não o conseguiria vender.

Nos adolescentes podemos observar muitas vezes este problema, quer nas simples apresentações de um trabalho individual, quer em trabalhos de grupo. Nestes últimos, a dificuldade não é tanto em termos de cooperação com os colegas, visto que estes serão, provavelmente, pessoas com quem se dão diariamente e com quem mantêm uma relação de amizade, mas em termos de medo de expor o seu trabalho aos colegas e de com a sua participação nele, que prejudique os colegas.

Existem também pessoas que atingem o extremo deste medo, e que por isso, com medo que, não só elas falhem, mas também aqueles que os rodeiam, arrecadam com os seus problemas e tomam total e inteira responsabilidade pelo dever dos outros.

Esta capacidade de enfrentar o medo de errar, deve ser introduzida logo desde o ensino primário, levando as crianças a expor as suas opiniões em frente aos colegas e ao professor e a perceber que o erro não tem qualquer mal, pelo contrário muitas vezes é com ele que aprendemos. Esta pratica, por si só, não serviria apenas para ensinar a aceitar o erro, mas também para educar aqueles que estão a ouvir, no sentido de evitarem a crítica destrutiva, que apenas humilha os colegas.

Desde cedo se explica as crianças que “errar é humano”, mas na maioria das vezes a atitude que se toma é a de falar alto, por vezes gritar, pensando que isto os fará não voltar a cometer o mesmo erro.

É precisa uma abordagem calma, mas marcando uma posição firme, para que se faça entender que tudo isto faz parte da nossa vida, e como tal, temos que o aceitar e viver com isso, não significando que tenhamos de nos sucumbir aos nossos medos.

Provavelmente, a melhor política, em relação a este assunto, seria haver formação para professores, do ensino básico até, talvez, ao terceiro ciclo, dadas por um psicólogo, com vista a ajuda-los a compreender a melhor maneira de ajudar os seus alunos.

A criação de certos laços entre professores e alunos, poderia também ser um factor importante, uma vez que os alunos se sentiriam mais à vontade para partilhar os seus problemas.

Conclusão

É preciso colaborar e apoiar todos aqueles a nossa volta que sofrem com este medo e, que por muitas vezes não se conseguem libertar dele, vivendo frustrados e presos a si mesmos.

Se as pessoas não quiserem viver as suas vidas ao nível mais básico, presas aos seus medos e receios terão de lutar e fazer algo por isso, o facto de terem alguém que as apoie não quer dizer que estes façam o trabalho todo por elas.

O medo é apenas algo que as pessoas precisam de controlar e por isso precisam de recorrer ao domínio das suas mentes para o alcançar.

“O maior erro que você pode cometer

É o de ficar o tempo todo com medo de cometer algum” (William Shakespeare, site 1)

6126 Caracteres.

Bibliografia

Site 1- http://www.pensador.info/p/medo_de_errar/1/, anónimo

Luís Guerreiro
Problemas de infertilidade e “barrigas de aluguer”
Projecto de Investigação

1. Tema geral: Sentido da Vida

2. Tema específico: Barrigas de Aluguer

3. Título do trabalho: Problemas de infertilidade e “barrigas de aluguer”

4. Pergunta a que o trabalho responde: Em que consiste a utilização de “barrigas de aluguer”?

5. Programa: Pesquisa e selecção de informação de sites e entrevistas

Luís Paulo dos Santos Guerreiro

Nº 10; 12º 3

Estoril, 12 de Dezembro 2009

Introdução

A paternidade faz parte do projecto de vida da maioria dos casais e representa uma fase importante. Por vezes, esta fase é um pouco mais difícil do que simplesmente engravidar, alguns problemas biológicos podem obrigar os casais a recorrerem a outros métodos para terem o seu filho. De entre os métodos possíveis existem as “barrigas de aluguer”, as quais serão investigadas segundo várias vertentes ao longo deste trabalho.

Segundo a Associação Portuguesa de Fertilidade, a infertilidade ataca cerca de 120 mil casais portugueses (cerca de 9% a 10%). Representando assim, hoje em dia, uma parte significativa da população e, muitas vezes, as pessoas com este problema não têm acesso a alternativas para o resolver.

Barrigas de Aluguer

“O termo “Barrigas de Aluguer” é a designação de uma tecnologia de procriação artificial que, apesar de ter várias denominações (mãe de aluguer, mãe hospedeira, maternidade de substituição) tem um único significado: uma mulher que se predispõe a gerar uma criança no seu ventre, ficando previamente acordado que, após o nascimento a entregará ao casal, que pode ser infértil ou simplesmente, por conveniência.” (Cristiana Augusto, site 2)

Este é um método de reprodução medicamente assistida e tem por base a inseminação artificial, neste caso, fertilização in vitro, “que consiste na colocação, em ambiente laboratorial, (in-vitro), de um número significativo de espermatozóides, 50 a 100 mil, ao redor de cada ovócito, óvulo ou oócito, procurando obter pré-embriões de boa qualidade que serão transferidos, posteriormente, para a cavidade uterina.” (anónimo, site 4).

Resumindo, procede-se à fertilização in vitro, de um óvulo proveniente da mãe biológica, com espermatozóides, que podem ser ou não do pai biológico (caso seja mãe solteira não serão do pai biológico), e de seguida este é introduzido, já fecundado, no canal uterino da “mãe de aluguer”.

Que pessoas recorrem a este tratamento

A maioria dos casos que se verifica recorrerem a este método, é principalmente o de casais cujo um dos membros é infértil, ou o homem ou a mulher, ou até mesmo os dois serem inférteis.

Nos dias de hoje também já se vê a utilização deste método por parte de casais homossexuais, maioritariamente do sexo masculino.

Porque é necessário recorrer-se a este tratamento

A recorrência a este tratamento deve-se ao facto da mulher em questão ser infértil.

“Um casal é considerado infértil quando não consegue conceber num período de 12 a 18 meses, sem uso de métodos anticoncepcionais.” (anónimo, site 6). Em Portugal entende-se por infertilidade quando um casal não consegue conceber, sem uso de qualquer método contraceptivo, no espaço de dois anos, mantendo relações sexuais constantes.

A infertilidade da mulher pode dever-se a vários factores, de entre os quais, os problemas de ovulação (distúrbios hormonais), cerca de 35%, a obstrução tubária (problemas nas trompas provocados por infecções), cerca de 35%, e a endometriose (presença do endométrio em locais fora do útero), cerca de 20%, são os mais verificados.

Todos estes factores levam a que a mulher não possa conceber, no seu útero, o seu filho, e por isso tem de recorrer, por via de contracto, a outra mulher, que esteja disposta a ceder o seu útero, e por vezes também o óvulo, para o desenvolvimento do embrião.

Que custos envolve todo o processo

“A lei portuguesa não permite a maternidade de substituição, como técnica de reprodução medicamente assistida” (anónimo, site 9), os casais portugueses viajam para os Estados Unidos da América, uma vez que na União Europeia também não é permitida esta prática. Assim sendo, os custos envolvidos serão ainda maiores. Ter o filho na barriga de outra mulher, custa cerca de 67 mil euros, que inclui o pagamento à mãe de substituição, taxas legais, taxas da clínica, medicação, fertilização in vitro e despesas da viagem. Para encontrar a “mãe de aluguer” segundo as especificações dos pais demora cerca de dez dias, e durante a sua gravidez o casal, ou a mãe (biológica), visitam a portadora do seu filho cerca de três vezes, sendo a última próxima do nascimento da criança, para que possam assistir.

Todas as etapas deste processo, tanto as burocracias como a parte médica, têm também custos emocionais em ambas as partes. A mãe biológica sente que a vida do seu filho depende de uma pessoa que não ela, a mãe de aluguer tem um feto a crescer dentro de si que não é seu nem vai, à partida, estabelecer alguma relação afectiva com ele.

Reflexão

Este assunto levanta várias problemáticas, como por exemplo, de quem será o bebé, dos pais biológicos, que forneceram o óvulo e os espermatozóides, ou da mulher que teve de o carregar durante os nove meses de gestação; Será ou não correcto fazê-lo em todos os casos de infertilidade?

A primeira questão é talvez a mais problemática e a que dá mais ”dores de cabeça” aos envolvidos, visto que, por exemplo, em Portugal a legislação não abrange as “barrigas de aluguer”, e diz ainda que o filho é de quem o dá à luz, “A mulher que suportar uma gravidez de substituição de outrem é havida, para todos os efeitos legais, como a mãe da criança que vier a nascer.”, do artido 8º da Lei n.º32/2006, de 26 de Julho, logo, se a mulher que carrega o feto se afeiçoar a ele, ao nascer pode reclamar o direito a ficar com ele e então a situação avançaria para o tribunal, onde se discutiriam as questões relativamente aos poderes de paternidade.

Respondendo à segunda questão, conforme o ponto de vista de alguns médicos e investigadores, este método só deveria de ser utilizado em casos extremos, como sendo o caso de mulheres que nascem sem útero, ou em mulheres em que a gravidez pudesse prejudicar a suas vidas ou que sofram de endometrioses graves, em que seja necessário induzir a menopausa, ou aquelas que tenham sido operadas a um cancro uterino.

Conclusão

Com o meu trabalho de investigação pude concluir que muitas vezes as pessoas têm de fazer grandes sacrifícios para poderem realizar algo tão simples como ter um filho. Para isso têm de gastar fortunas, quer seja em tratamentos de fertilidade, quer seja em ter uma “barriga de aluguer”. Estas exigências a nível económico comprometem em grande medida a possibilidade de ter um filho, na existência de problemas de fertilidade.

Por isso, é preciso reformular as leis existentes para que seja possível este tratamento em Portugal, dentro de limites consideráveis, não sendo permitido, talvez, a mulheres com mais de 50 anos de idade, para que não corram riscos de vida.

6490 Caracteres.

Bibliografia

http://dn.sapo.pt/inicio/interior.aspx?content_id=643992, consultado em 07 de Dezembro de 2009

http://www4.fe.uc.pt/fontes/trabalhos/2005016.pdf, consultado em 09 de Dezembro de 2009

http://www4.fe.uc.pt/fontes/trabalhos/2003010.pdf, consultado em 09 de Dezembro de 2009

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fertilização_in_vitro, consultado em 10 de Dezembro de 2009

http://www.apfertilidade.org/web/index.php, consultado em 10 de Dezembro de 2009

http://www.infertilidadefeminina.com.br/, consultado em 10 de Dezembro de 2009

http://pt.wikipedia.org/wiki/Reprodução_medicamente_assistida, consultado em 10 de Dezembro de 2009

http://pt.wikipedia.org/wiki/Endometriose, consultado em 10 de Dezembro de 2009

http://www.tribunamedicapress.pt/rss/10386-portugueses-pagam-100-mil-euros-por-barrigas-de-aluguer-nos-eua, consultado em 11 de Dezembro de 2009

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Última actualização: 13 de Dezembro de 2009
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