José Prudêncio
Escola no Ano Zero
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Francisco Nascimento
O Extremo do Islão
Projecto de Investigação

1. Tema geral: Domínio Mental

2. Tema específico: Terroristas suicidas islâmicos

3. Título do trabalho: O Extremo do Islão

4. Pergunta a que o trabalho responde: Como é que um ser humano consegue desafiar um dos instintos mais poderosos, o de sobrevivência em nome de crenças religiosas?

5. Programa: Análise da mente do terrorista suicida, as suas motivações e o papel do Islão nos ataques suicidas.

Francisco de Albuquerque Marcão Ramos do Nascimento

12º3, Nº20

Estoril, 16 de Novembro 2009

Introdução

O fundamentalismo islâmico é incutido nas escolas defendendo os valores de sacrifício e devoção a Alá através do seguimento do Alcorão. Esta educação visa manter a revolta viva, alimentando a intenção da expansão do Islão por todo o mundo.

Alcorão: um livro que incita a guerra?

“Há um haddith que diz que o Profeta estava em Medina com os seus companheiros quando veio um poeta que começou a criticar o Islão. E quando o poeta se foi embora Maomé virou-se para um dos companheiros e disse-lhe: vai e mata o poeta. Então o companheiro ergue-se e decapita o poeta. Perante o poeta morto, o Profeta diz: criticou o Islão, mereceu a morte” (Santos, 2009, 124).

Desde o inicio dos tempos que o Islão é um movimento expansionista. Toda a evolução é feita de ofensivas e ocupação de povos, muitos deles antigos cristãos (exemplo do Egipto, da Terra Santa e da Síria). Maomé dizia que ao chegarem a uma nova terra, os habitantes dessa terra passaram a ser dhimis, ou seja, pessoas de segunda linha, e teriam de pagar um imposto como forma de humilhação.

É dito no Alcorão, no versículo 193 da Sura 2, o seguinte: “Se vos combatem, matai-os, é essa a recompensa dos incrédulos. Matai-os até que a perseguição não exista e esteja no seu lugar a religião de Deus.”(Santos, 2009) . Este tipo de citações são tão a favor da guerra que nos países mais evoluídos e secularizados como o Egipto e a Turquia, existe uma “censura racional” como a que existe sobre o nazismo na Alemanha. Este tipo de medidas tem duas faces da mesma moeda. Vai moderar a “criação” de fundamentalistas islâmicos mas, por outro lado, irá revoltar os fiéis seguidores do Alcorão, que encaram esta censura como uma distorção das palavras do Profeta.

Porquê morrer por Alá?

Para todos os que morrem por Alá, a morte não é vista como um fim, mas sim como uma passagem para o paraíso.

No Alcorão é dito que “O shahid possui seis características para Alá: ele é perdoado, entre os primeiros a serem perdoados; ser-lhe-á mostrado o seu lugar no paraíso; não será punido no túmulo; está a salvo do supremo terror no dia do julgamento; a coroa da dignidade será colocada na sua cabeça; casará com setenta e duas mulheres no céu; poderá interceder por setenta familiares.” (Santos, 2009). Para estes homens, que se entregam a Alá, que renegam à sua própria vida em nome da sua fé, todas estas promessas são uma enorme tentação tentando, ao mesmo tempo, espalhar os ensinamentos de Maomé através da morte dos “infiéis” e melhorar a sua vida, passando para o Paraíso, alcançando a plenitude máxima.

A pobreza e ignorância como causa do extremismo?

Falso. Estes dois factores abrangem milhões de pessoas nos países islâmicos mas quem se suicida tendo a fé como motivo, é mesmo por isso, pela fé. Todos os que seguiam nos aviões do 11 de Setembro de 2001 tinham cursos superiores.

A questão é exactamente a inversa. A versão mais fiel do Alcorão está escrita em árabe antigo, que nem todos têm acesso. Só os mais cultos têm a capacidade de ler e reler o que o Profeta disse, e em alguns casos, são incitações à morte a quem renega ou critique o Islão. Assim, a pobreza e a ignorância não são as causas de quem põe termo à sua vida por Alá. É a fé no que está escrito no Alcorão e em todos os exemplos que o Profeta dá que leva alguém a tornar-se fundamentalista, tentando expandir a sua religião, quase sempre de forma violenta, provocando o caos e morte.

Examinando a mente de um terrorista suicida

Existe a tendência para considerar que estes homens sofrem de algum tipo de perturbação mental mas, no entanto, isso não se verifica. São vários os psicólogos que estudam a mente destes fundamentalistas, com fim a assegurar uma maior compreensão sobre o tipo de pessoa que o poderá fazer. Dr. Ariel Merari, um psicólogo israelita afirma que “A única anormalidade no perfil psicológico do terrorista suicida parece ser a falta de medo na hora do ataque (…) Eles têm ideais e agem em função dos mesmos.”. Será também evidente a vontade de arriscar, de assumir o perigo como habitual e ser também alguém pouco indeciso, sempre ciente dos seus objectivos e motivações.

A mente de um terrorista é facilmente produzida quando é iniciada na infância. Assim, as crianças ficam limitadas em termos de pensamento, ganhando apenas os ideais e convicções dos seus pais e líderes das comunidades em que se inserem. Quando crescem ficam com a noção do que é certo ou errado, consoante o pensamento de quem os limitou na infância. “ Eles acreditam que existe uma diferença entre o certo e o errado, mas também que se fizerem alguma coisa em nome da causa, ela será justificada, mesmo que seja errada.”, diz Rona Fields.

Um problema global com uma causa regional

Os atentados suicidas representam cada vez mais, a forma escolhida dos grupos terroristas para levarem a cabo as suas missões. Esta forma de fanatismo religioso representa uma perigosa ameaça para todo o mundo, mas principalmente nos países islâmicos.

Entre 1981 e 2006, 1200 atentados suicida retiraram a vida a 14599 pessoas. Destes atentados, cerca de 90% aconteceram no Iraque, na Palestina, em Israel, no Afeganistão e no Paquistão. Até no mundo ocidental, os maiores atentados suicidas, como os que aconteceram a 11 de Setembro 2001 nos Estados Unidos da América, no dia 11 de Março de 2004 em Madrid e no dia 7 de Julho de 2005 em Londres, foram levados a cabo por indivíduos de países anteriormente referidos e outros de origem islâmica, a mando de organizações terroristas fundamentalistas islâmicas.

Mundo Islâmico: um Projecto Global

Muitos dos países agora cristãos foram, em outros tempos, países árabes, inclusive Portugal. O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Joschka Fischer, disse que se Israel caísse, o próximo país que ficaria sob o ataque do Hamas seria Espanha. Todo o processo histórico de reconquista cristã dos antigos países árabes, cria um sentimento de revolta e de intenção de expansão e de afirmação e de afirmação do Islão por todo o mundo.

Os grupos extremistas islâmicos apresentam um projecto global com vista à disseminação do Islão por todo o mundo. “O projecto é: primeiro fazer com que os Estados muçulmanos actuais se tornem Estados fundamentalistas (é o projecto dos talibans e da Al-Qaeda); depois reconquistar as terras que foram islâmicas mas que os infiéis recuperaram: Israel, os Balcãs e a Península Ibérica; o terceiro passo é reconquistar todo o planeta.” (Santos, 2009, 124).

Os grupos organizados fundamentalistas islâmicos crêem que este projecto global não será possível sem a morte e o pânico geral de todos os infiéis. Para isso são utilizados, como bonecos, os homens bomba em locais estratégicos que afectam muitas vezes locais públicos, com fim a mostrar o seu poder, esquecendo-se das suas iniciais convicções, “espalhar” a palavra que o Profeta deixou e que se encontra escrita no Alcorão.

Conclusão

A cultura religiosa nestes países está profundamente marcada. As crianças são limitadas desde cedo com um ensinamento religioso extremista que incita à guerra e a matar os que não aprovam o Islão como a verdadeira religião. Havendo um Projecto Global, um livro religioso que é ensinado de forma a que se expanda a religião de forma violenta e grupos organizados que apoiam essa expansão violenta, os atentados suicida continuarão a acontecer pois a crença de que isso é o melhor para si, para a sua religião e para o mundo, são razões suficientes para continuarem a existir pessoas que acabam, não só com a sua vida mas com a dos outros em nome da sua causa.

“Os shahid são os cowboys ou os bombeiros do Islão. Ser shahid é um valor positivamente reforçado nessa cultura. Que criança nunca sonhou ser um cowboy ou bombeiro?”. (Cochran, 2009)

7700 Caracteres

Bibliografia

Cardoso, Silvia Helena; Sabbatini, Renato M.E (2001) A Mente do Terrorista Suicida. Online in http://www.cerebrament.org.br, consultado em 6.11.09

Cochran, Andrew (2009) A Psicologia dos Atentados por Homens-Bomba. Online in www.deolhonamidia.org.br, consultado em 2.11.2009.

Hassan, Riaz (2009) O que motiva os homens-bomba?. Online in http://www.correiointernacional.com, consultado em 6.11.2009

Rodrigues dos Santos, José (2009) Fúria Divina. Gradiva

Rodrigues dos Santos, José (2009) Fúria Divina - Do Radicalismo Islâmico à Ameaça Nuclear in Visão nº 868. pp. 116 a 124.

Francisco Nascimento
CLONAGEM REPRODUTIVA: O FUTURO?
Projecto de Investigação

1. Tema geral: Ética

2. Tema específico: Clonagem Reprodutiva

3. Título do trabalho: Clonagem Reprodutiva: O Futuro?

4. Pergunta a que o trabalho responde: Será ético a clonagem embrionária de um ser humano, para a simples propagação da espécie?

5. Programa: realizar pesquisa na internet, de entrevistas, reportagens e estudos realizados relacionados com a clonagem; visionamento do documentário “Designer Babies and Gene Robbery”

Francisco de Albuquerque Marcão Ramos do Nascimento

12º 3 Nº20

Estoril, 8 de Dezembro 2009

Introdução

A clonagem da ovelha Dolly em 1993 abriu um caminho para a possibilidade de clonar um ser humano. Foi a demonstração que, pela primeira vez, era possível clonar um mamífero, ou seja, produzir uma cópia geneticamente idêntica a partir de uma célula somática diferenciada.

O processo de clonagem reprodutiva

Este processo é iniciado com remoção de um núcleo de uma célula somática do indivíduo original e a posterior colocação num óvulo enucleado, ou seja, sem núcleo. Após a introdução do núcleo no óvulo, esta célula, é introduzida no útero, que serve assim de barriga de aluguer. Se este ovo se desenvolver, dará origem a um ser geneticamente idêntico àquele que inicialmente se retirou um núcleo de uma célula somática.

Neste caso, a grande novidade da clonagem da ovelha Dolly foi a descoberta de uma célula somática de um mamífero, já diferenciada que poderia ser reprogramada e voltar a ser totipotente, podendo dar origem a qualquer tipo de célula.

Clonagem Reprodutiva em Portugal

Em alguns países da União Europeia, como Espanha, Itália ou Grécia, a proibição de investigação sobre a clonagem humana é real, o mesmo não se verifica em Portugal. Assim, teoricamente é possível avançar nos conhecimentos sobre esta técnica, visto que a lei não prevê nenhuma punição para quem realizar a clonagem de um embrião humano, com fins experimentais.

O Porquê da Clonagem Reprodutiva?

Infertilidade, um problema que em Portugal, afecta cerca de cento e vinte mil casais em idade de procriação e que dez mil novos casais por ano tenham problemas de reprodução. Assim, com a possibilidade da clonagem reprodutiva, existe a possibilidade dos casais poderem ter filhos.

Em média, cada pessoa possui dentro de si oito genes defeituosos, sendo que este tipo de genes permite com que as pessoas fiquem doentes mais facilmente. Com a clonagem, estes genes poderiam ser removidos, visto que a criação do novo ser seria calculada e programada pelo ser humano. Podendo haver a hipótese de retirar este tipo de genes, será possível retirar todo o tipo de doenças genéticas, devido ao conhecimento avançado neste ramo da ciência.

A extinção das espécies é outra razão, visto que o ser humano não está a salvo dessa possibilidade. As próprias guerras geradas pelos povos, são um motivo que podem levar à extinção em massa da humanidade, devido às bombas nucleares principalmente. A criação de clones, poderá servir para a própria evolução do conhecimento da clonagem, ou seja, para realizar testes em seres humanos, serão criados clones para testar técnicas, medicamentos ou outro tipo de produtos com risco para a saúde humana.

Uma população de Einsteins

A clonagem reprodutiva poderia levar a uma alteração profunda no banco genético da população mundial. Ao criar um clone com determinadas características este, vai-se reproduzir, disseminando assim as suas características pelas gerações futuras. Dr. Bentley Glass, um geneticista americano afirma ”Well, the old idea was simply to breed from the best individuals but this is always based on their phenotypes of genes we know of and not on their real genotypes, the genes that are there underneath.” Assim, poderia existir uma profunda alteração no código genético humano com fim a aumentar o quociente de inteligência, ficando assim o mundo dotado de génios e de sobredotados, sendo uma forma de evolução mais eficaz e rápida segundo Dr Bentley Glass.

Dolly: um sucesso?

A comunidade científica no geral concluiu que a clonagem da ovelha Dolly por parte de Ian Wilmut teria sido um grande sucesso. Mas será que realmente foi? O que será o sucesso nesta experiência? É necessário ter em conta se tem uma duração de vida normal, se apresenta alguma predisposição para cancro, se reproduz normalmente, se os seus filhos são normais. Mas quantas gerações temos de observar para avaliar o sucesso da experiência, verificando se o clone não comprometeu a vida dos seus netos os bisnetos. Assim, apesar de ter sido um feito histórico na ciência, será cauteloso dizer que foi um enorme sucesso segundo Lygia da Veiga Pereira, professora doutorada do Instituto de Biociências do Departamento de Biologia da Universidade de São Paulo.

Eugenia do Século XXI?

A eugenia, um problema que atravessou o século XX com a ditadura de Hitler e os seus ideais da raça ariana, volta agora a confrontar a humanidade. Ambientalista e escritor americano, Bill Mckibben afirma que “James Watson, pai da revolução do ADN visionou um mundo em que ele afirma que não haverá mais gente estúpida, não existirão mais bebés feios nem pessoas tímidas”. Com o avanço da técnica da clonagem, será possível um casal ir a uma clínica e escolher a cor dos olhos, do cabelo, a altura ou por exemplo as predisposições genéticas para a actividade A, B ou C. Mckibben dá o seguinte exemplo no filme Designer Babies and Gene Robbery: um casal que quer ter um filho pela primeira vez, vai a uma clínica, escolhe as características e todos os desenvolvimentos possíveis, com pontos de quociente de inteligência extra. Passados cinco anos, ao conceber outro filho pelo mesmo método, o primeiro filho será como o Windows 95, muito inferior em termos de capacidade em comparação com o segundo filho.

Andrew Kimbrell, director executivo do Centro Internacional de Tecnologia de Avaliação diz que esta eugenia é mais perigosa do que a prevista por Adolf Hitler devido ao que algumas pessoas pensam da ciência. Visto que uns acreditam na existência de genes do crime, da homossexualidade, da timidez e do alcoolismo, e por isso através da manipulação genética, seriam resolvidos todos os problemas sociais, ao que o advogado americano discorda, visto não haver pesquisas que fundamentem tais afirmações.

Outro facto que torna esta eugenia mais perigosa é por ser vista como “ciência boa”, sendo o oposto do pensamento sobre os planos de Hitlera . São “diferentemente perigosas mas igualmente erradas” segundo Kimbrell.

Ambas representam um ideal de humanidade perfeita através de manipulação genética sendo por isso inseparavelmente comparáveis.

Uma técnica embrionária

É ainda um ramo de descobertas e de inovação. Devido a esse facto, a percentagem de sucesso de reprodução de mamíferos por clonagem é muito baixa. Dentro dos animais clonados, o bezerro é o animal que tem maior percentagem de sucesso, entre 10 e 15%, sendo esse número igualmente reduzido.

“Devemos lembrar que, dos 276 embriões manipulados, somente 29 sobreviveram para serem implantados em ovelhas, e destes somente UM vingou, dando origem à Dolly” afirma Lygia da Veiga Pereira. Se estes testes são feitos em animais, estaremos nós preparados para perder fetos e fetos por todo o mundo, que já depois de alojados no útero, morrem, devido à ineficácia da técnica?

Falta de Consenso

A comunidade científica está repartida em torno desta questão, nem mesmo os apoiantes da clonagem em animais são defensores da clonagem reprodutiva em seres humanos. Ian Wilmut, o “criador” da ovelha Dolly, coloca-se contra a aplicação da técnica em seres humanos afirmando ainda “Os problemas psicológicos de indivíduos clonados seriam intoleráveis”.

Conclusão

Uma questão polémica que não reúne consenso em nenhum ramo das ciências e, por isso, mesmo que a técnica esteja desenvolvida, não será nunca aplicada sem protesto ou indignação. A eugenia é um problema real que não deve ser posto de lado, considerando “eugenia boa”, pois Hitler também a considerava boa quando planeava o predomínio da raça ariana no mundo. Assim, é importante que as investigações não parem mas que não seja para a propagação da espécie, principalmente, sendo esta, um resultado dos gostos de cada um, perdendo a identidade pessoal de cada um dos indivíduos originados.

7680 Caracteres

Bibliografia

Coutinho, Ana; Medeiros, João; Massada, Jorge (2009) Alegado «pai» da Dolly

impedido de comentar a polémica da paternidade. Online in

http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=3596&op=all, consultado em 08.12.09

Fontes, Carlos. Clonagem Humana - A próxima Experiência. Online in http://afilosofia.no.sapo.pt/10clonagem.htm, consultado em 03.12.09

Kröber, Gabriele; Verhaag, Bertram (2006) Designer Babies and Gene Robbery. DENkmalfilm Produtions

Rodrigues, Luís (2008) Filosofia – 11ºano. Plátano Editora. Lisboa

Silva Carvalho, José (2009) Infertilidade afecta cerca de 120 mil casais portugueses.

Online in http://www.apfertilidade.org/web/index.php/noticias-e-destaques/58

noticias/245-infertilidade-de-120-mil-casais-portugueses, consultado em 09.12.09

Zatz, Mayana (2004) Estudos Avançados – Clonagem e células-tronco, Online in

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40142004000200016&script=sci_arttext,

consultado em 03.12.09

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Última actualização: 13 de Dezembro de 2009
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