José Prudêncio
Escola no Ano Zero
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Ana Moreira
"Quero pedir a tua mão em... união?"
Projecto de Investigação

1. Tema geral: Ética

2. Tema específico: O casamento entre pessoas do mesmo sexo

3. Título do trabalho: "Quero pedir a tua mão em... união?"

4. Pergunta a que o trabalho responde: Será ético legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo?

5. Programa: Para realizar este trabalho irei analisar vários argumentos a favor e contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, posicionando-me criticamente quanto à questão no final.

Ana Iolanda D’Armada Moreira

12º/3, Nº 1

Estoril, 18 de Novembro 2009

Introdução

O tema do casamento homossexual tem sido muito debatido ultimamente. Como tal, decidi explorar este tema, tentando encontrar os argumentos (tanto a favor como contra) mais convincentes. Não utilizarei argumentos religiosos, apenas morais e que consigam ser defendidos pela lógica.

Em busca da melhor definição de casamento

Antes de começar a debater qualquer tipo de casamento, convém definir o termo e tornar claro o assunto em questão.

Para começar, fui procurar ao dicionário o que se entendia por casamento. A definição encontrada foi “contracto celebrado entre duas pessoas que pretendem constituir família mediante uma plena comunhão de vida”. No entanto, há dicionário que ainda utilizam a expressão “pessoas de sexo diferente”, embora sejam cada vez mais escassos. Os mais importantes já a excluiram.

Procurando o que mais se disse sobre o casamento, encontrei as seguintes definições: “Casamento é uma união entre duas pessoas que vivem tão harmoniosamente juntas que são independentes do mundo exterior” (De Quincey, 1821, 30) e “O casamento é como uma longa viagem num pequeno barco a remos; se um passageiro começar a balançar o barco, o outro terá que estabilizá-lo; caso contrário, afundar-se-ão os dois juntos” (Rosenberg, 1978, 104).

Penso que estas definições são adequadas pois vêem o casamento não como o contracto religioso que era na Idade Média, mas como uma união ou uma partilha de vida entre duas pessoas. Ora, ao vê-lo assim, não podemos negar à partida o acesso dos homossexuais a esta instituição.

Como conclusão deste tópico, proponho que, para este trabalho, se considere casamento como uma união, de carácter social, entre duas pessoas capazes de decidir por elas mesmas, que junta as suas vidas a nível legal, económico e emocional.

Argumentos a favor

Após uma procura de argumentos a favor do casamento homossexual, eu escolhi os seguintes como mais convincentes.

A maioria dos defensores do casamento homossexual apresentam o argumento dos direitos civis. Este argumento parte do facto que, num casamento, os respectivos parceiros têm certos direitos exclusivos. Como, por exemplo, um cônjuge tem poder de decisão em caso de doença ou infermidade, o que no caso das uniões homossexuais não acontece. O companheiro do infermo não tem escolha sobre as decisões tomadas no hospital nem tem direito a visitá-lo fora de horas, pois não existe entre eles nenhum grau de parentesco.

Outros direitos que os casais homossexuais não têm é o de pedir autópsia caso o seu companheiro morra, ou ter dias de baixa se o mesmo adoecer, ou dias de luto, ou até apresentar o IRS conjunto.

Será que isto é justo? Não poder sequer visitar o nosso companheiro no hospital nas “horas de família”, apenas porque ele tem o mesmo sexo que nós? Não poder tirar dias do trabalho porque ele está doente e precisa de assistência? Não ser considerado um casal perante a lei?

Muita gente defende que as uniões civis são a solução para este problema. Mas a realidade é que não o são. Embora as uniões civis confiram este tipo de direitos aos casais, são um tipo de “separados mas iguais”. Ora, ao analisarmos a história, vemos que o “separados mas iguais” não funciona. Nos anos 50, aconteceu o mesmo com os negros. Havia segregação: escolas para brancos e escolas para negros. Supostamente, estas deveriam ser iguais, mas não eram. Com o passar do tempo, viu-se que as escolas de brancos eram mais beneficiadas do que as de negros, o que foi mais tarde confirmado pelo Supremo Tribunal dos Estados Unidos, que decidiu que “seprados mas iguais” era constitucionalmente errado. Será que acontece o mesmo em relação ao casamento vs. união civil? Talvez. O facto é que a segregação acabou.

Como resposta às pessoas que dizem que não é legítimo que pessoas do mesmo sexo se casem pois da sua união não resultam descendentes, pode comparar-se estes casais com os casais inférteis ou idosos. Nenhum destes últimos dois origina descendentes e, no entanto, não lhes negamos o acesso ao casamento. Hoje em dia, a principal razão para o casamento não é ter filhos. Se o fosse, a poligamia seria muito popular. E mesmo que consideremos ter filhos importantes no casamento, é óbvio que os casais homossexuais podem tê-los, quer por adopção ou inseminação artificial. Aliás, um estudo feito pela American Bar Association concluiu que oito a dez milhões de crianças cresciam em três milhões de lares homossexuais em 1988.

Argumentos contra

Apesar de alguns opositores da legalização do casamento homossexual serem fanáticos religiosos, ou basearem a sua opinião na pura ignorância, existem alguns argumentos morais contra esta questão que podem ser defendidos com base em algo real.

A maioria destes opositores defende que não é legítimo legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo porque o casamento, para eles, é a união entre uma mulher e um homem.

Um dos seus argumentos diz que as questões de direitos civis podem ser resolvidas ao adaptar outras leis e que não há necessidade nenhuma dos homossexuais estarem a alargar as fronteiras do casamento, simplesmente para poderem ter um certificado marital e dizerem “estamos casados” em vez de dizerem só “somos um casal”. Segundo este argumento, parece que a questão do casamento gay não passa de “teimosia social” por parte dos homossexuais.

Uma premissa que influencia muitos argumentos, e que é baseada na ignorância, é: a homossexualidade não é normal nem natural. Como tal, seguindo esta premissa, defende-se que se deve respeitar os homossexuais, por uma questão de justiça social (da mesma maneira que respeitamos os criminosos) mas não lhes devemos dar os mesmos direitos que casais heterossexuais. Legalizar e apoiar esse tipo de comportamento aberrante causaria estragos permanentes na sociedade.

Especificamente em Portugal, defende-se que num país onde 89,9% da população é católica, e sendo que a Igreja Católica ainda define o casamento como “a união conjugal entre um homem e uma mulher...”, não é legítimo legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Diz-se que não é possível mudar tão repentinamente uma doutrina com mais de 2000 anos.

Um argumento dúbio: as consequências

O argumento que pondera as consequências do casamento homossexual para a sociedade pode pender para ambas as posições.

Quem é contra defende que, legalizando o casamento homossexual, estamos a abrir as portas para outros casamentos diferentes como incesto, zoofilia, poligamia e outros comportamentos aberrantes.

No entanto, pessoas que vivem em locais onde o casamento homossexual foi legalizado têm outra opinião: “Eu vivo em Massachusetts. O nosso estado tem uma das taxas de divórcio mais baixas do país, as nossas crianças estão no topo dos testes educacionais e temos uma das mais bem educadas forças de trabalho. A legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo só trouxe coisas boas.” (Gal, 2009)

Conclusão

Sempre fui e continuo a ser da opinião que é ético legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Hoje em dia, ter filhos não é a principal razão para o casamento. O casamento é mais do que um contracto, é um símbolo dos laços criados entre duas pessoas, acompanhado dos respectivos direitos civis. Por outro lado, também já se chegou à conclusão de que a homossexualidade não é uma coisa anormal nem uma doença e, como tal, os casais homossexuais devem ter os mesmos direitos que os heterossexuais. Quanto à opinião da Igreja, vivemos num país em que a política está separada da religião e esta última não deve ser levada em conta quando se tenta fazer leis justas para todos.

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Bibliografia

Rosenberg, Meir S. (1978) Quotations for the New Age. New York, Citadel Press

Stritof, Sheri & Bob (s.d.) “Marriage: What is Marriage?”, online in http://marriage.about.com/od/historyofmarriage/g/marriage.htm, consultado em 12.11.2009

Anónimo 1 (s.d.) “Dictionaries take lead in redefining modern marriage”, online in http://www.washingtontimes.com/news/2004/may/24/20040524-103201-1169r/, consultado em 12.11.2009

De Quincey, Thomas (1821) Confessions of an English Opium-Eater. Hertfordshire, Wordsorth Editions

Hansen, Jenna (2006) “Ethical Arguments for Legalizing Gay Marriage”, online in http://www.associatedcontent.com/article/39237/ethical_arguments_for_legalizing_gay.html?cat=17, consultado em 4.11.2009

Cline, Austin (s.d.) “Common Arguments Against Gay Marriage: Moral and Religious Arguments”, online in http://atheism.about.com/od/gaymarriage/p/ContraGayMarria.htm, consultado em 4.11.2009

Silveira, C.; Almeida, P.F. (2008) “Braço de ferro: Os casamentos também foram feitos para os homossexuais?” in Com’Out. Lisboa, Joeli Publishing, pp. 10 a 11.

Gal, J.P. (2009) “Comentário nº. 8”, online in http://www.abajournal.com/news/webster_makes_it_official_definition_of_marriage_has_changed/, consultado em 12.11.2009

Ana Moreira
Música + Cérebro = X
Projecto de Investigação

1. Tema geral: Domínio Mental

2. Tema específico: Neurologia

3. Título do trabalho: Música + Cérebro = X

4. Pergunta a que o trabalho responde: O que se passa dentro da cabeça de um músico enquanto toca?

5. Programa: Para responder a esta pergunta, irei utilizar entrevistas e documentários sobre o assunto, tentando encontrar a relação entre o físico e o mental.

Ana Iolanda D’Armada Moreira

12º. 3, nº. 1

Estoril, 11 de Dezembro 2009

Introdução

A capacidade musical sempre foi uma das características que distinguem o Homem dos animais irracionais. Para perceber a complexidade desta capacidade, vou tentar responder à seguinte pergunta: “O que se passa dentro da cabeça de um músico enquanto toca?”, recorrendo a entrevistas e documentários sobre o assunto, entre outros.

Áreas do cérebro e interacção

Antes de falar sobre o cérebro musical, é importante salientar que esta é ainda uma ciência muito recente e em desenvolvimento, sendo por isso necessário manter um espírito crítico.

Quando se toca

Tocar um instrumento activa mais áreas do cérebro do que a maioria das actividades. Quando tocamos, temos o aspecto motor, que tem origem no cerebelo e nos córtex motor e pré-motor; a memória para saber onde estamos na música - hipocampo; conseguir antecipar o que vem a seguir - córtex pré-frontal; a parte emocional da interpretação da música; e, obviamente, o aspecto auditivo, que envolve o lobo temporal (córtex auditivo primário e secundário). Além disto, se estivermos também a ler a música, temos o aspecto visual e espacial, que envolve os lobos parietal e occipital. Toda esta actividade cerebral acaba por levar a uma maior inteligência.

Quando se compõe

Quando um músico compõe uma música ou improvisa, há certas áreas cerebrais que ficam activas, nomeadamente o núcleo caudado, que é responsável pela organização e planeamento de movimento corporal e respostas a estímulos. Pode explicar-se esta activação de uma maneira simples: quando pensamos num padrão ritmico, o nosso cérebro utiliza o núcleo caudado para imaginar como moveriamos o nosso corpo a esse ritmo.

Outra área importante durante a improvisação é o córtex pré-frontal médio, que é normalmente activado quando contamos uma narrativa autobiográfica. A activação desta área mostra que, através da música, estamos na verdade a contar a nossa própria história.

Além disso, durante este processo criativo as áreas de expressão no cérebro ficam excitadas e as áreas de inibição adormecem, permitindo um à vontade e sinceridade não existentes normalmente no indivíduo.

O cérebro do músico

Tendo em conta toda a actividade cerebral que a música promove e a plasticidade do cérebro, é natural que os músicos tenham áreas mais desenvolvidas que um leigo.

Começando pela parte mais óbvia, quanto a analisar material melódico, verificou-se que, quando expostos a frases musicais com finais congruentes ou incongruentes, as ondas cerebrais evocadas por este final diferem entre músicos e leigos, sendo a resposta cerebral mais rápida nos músicos. Em paralelo, os músicos são mais capazes de distinguir timbres. Quando sujeitos a testes de diferenciação de timbre de instrumentos, a amplitude das ondas cerebrais destes é maior do que nos leigos. No geral, a interpretação de material musical é mais fácil e automática para músicos. Estes analisam sequências melódicas com o hemisfério esquerdo do cérebro, em oposição a leigos, que utilizam o direito. Isto constitui um aspecto fundamental no cérebro do músico, pois mostra uma análise mais analítica e detalhada da música.

No entanto, também há alterações menos óbvias: o corpo caloso passa a ter mais ligações nervosas e a transportar mais informação entre os dois hemisférios cerebrais. Este aumento é mais acentuado em músicos que tenham começado cedo a tocar.

O cerebelo também se altera no músico. Esta área está associada à coordenação motora e, num músico, é muito estimulada devido à grande coordenação necessária para obter correcção técnica.

Pegando num exemplo específico, um estudo revelou que, nos músicos de cordas, a representação cortical da mão esquerda é maior do que a dos leigos, devido à extensa utilização dessa parte do cérebro. Novamente, esta reorganização cortical é maior em músicos que tenham começado a tocar desde cedo.

Quando a ligação é maior: sinestesia

Para a maioria de nós, a associação entre sentidos não passa de uma metáfora. No entanto, há quem veja esta ligação como algo muito real, cujos sentidos respondem a estímulos exercidos sobre outros. E isto pode acontecer com quaisquer sentidos. Estima-se que a sinestesia incida em uma pessoa em cada duas mil, mas é provável que haja muitos mais sinestetas, dado que a maioria das pessoas que a têm não a considera uma “perturbação” da qual valha a pena falar.

Quando a interacção entre as áreas corticais activadas aumenta, pode dar-se este fenómeno. Uma teoria diz que este excesso de interacção pode ter origem numa quebra não suficiente de ligações entre neurónios nos primeiros anos de vida.

Outra explicação consiste num feedback desinibido. Quando os sinais vindos dos sentidos criam uma reacção maior do que o suposto, as respostas cerebrais podem activar outras áreas corticais, por exemplo, o som pode activar a visão, unindo assim os dois sentidos. Esta teoria encontra bases em situações de desinibição que ocorrem em não-sinestetas, no caso de epilepsia do lobo temporal, trombose ou tumores cerebrais. Estas situações também podem ocorrer durante meditação, utilização de drogas psicadélicas ou alguns medicamentos.

“Acho que se não fossem os sentidos a música não existia.” (Lind, Sibila)

Analisando especificamente o tipo de sinestesia que associa sons a cores, verifica-se que, na maioria dos casos, é uma ligação limitada e subjectiva. Estes sinestetas tendem a ligar cores a intervalos musicais ou tonalidades específicas.

Há, no entanto, um tipo de sinestesia menos usual, que associa sons ao paladar. Um caso bastante conhecido é o de Elizabeth Sulston. Esta sinesteta associa intervalos musicais a sabores e tem uma lista muito específica de sabores evocados pelos respectivos intervalos.

Música e as suas vantagens

A música pode-nos beneficiar em diversas áreas através do efeito de transferência de aprendizagem. Este efeito ocorre quando conseguimos fazer várias coisas semelhantes ao aprendermos apenas uma.

Foram publicados vários ensaios nos quais se conclui que a música nos ajuda nas capacidades de leitura e linguagem, tarefas espaciais, habilidades verbais e quantitativas, concentração, atenção, memória e coordenação motora.

Relacionando especificamente música e leitura, pensa-se que, como resultado de aprender a ouvir mudanças no tom da música, se melhora as capacidades de leitura pois promove-se a habilidade de pronunciar palavras novas.

Todas estas vantagens vêm mostrar que é benéfico aprender música desde cedo. As crianças sujeitas a esta aprendizagem têm uma melhor expressão pessoal, maior criatividade e coordenação motora e rítmica, um melhor senso de herança cultural, maior desenvolvimento vocal, linguístico, social e cognitivo e facilidade para o pensamento abstracto.

“...[aumentou-me] a capacidade de concentração e o raciocício matemático.” (Neves, Rita)

Numa nota paralela, acredita-se que, como consequência dos nossos instintos primitivos, a música também traga vantagens a nível de relações interpessoais: as mulheres sentem-se mais atraídas por músicos, por razões evolutivas. Estes sempre apresentaram, desde o início da história do ser humano, poderes físicos e criativos superiores aos demais, ficando assim em vantagem.

Conclusão

Com este trabalho concluo que a música é um aspecto importante da cultura e que tanto altera como é alterada pelo ser humano. A ligação entre música e cérebro é algo bastante complexo, pois é exigido aos músicos um grande domínio mental para tocar e, ao mesmo tempo, a entrega emocional total à música. Quanto à aprendizagem, penso que só há vantagens em aprender música: tornamo-nos seres mais evoluidos.

“Eu vivo da música, é o que gosto mais de fazer , paga-me as contas todas. Fico feliz com o que faço, por isso acho que foram só vantagens.” (Barriga, Ricardo)

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Bibliografia

Besson, M.; Faita, F.; Requin, H. (1994) "Brain waves associated with musical incongruities differ for musicians and non-musicians" in Neuroscience Letters, 168. Amsterdão, Elsevier, pp. 101 a 105.

Crummer, G.C.; et al (1994) "Neural processing of musical timbre by musicians, non-musicians and musicians possessing absolute pitch" in Journal of the Acoustical Society of America, 95. USA, Acoustical Society of America, pp. 2720 a 2727.

Weinberger, N.M. (1995) The Musician's Brain. Online in http://www.musica.uci.edu/mrn/V2I1S95.html#brain, consultado em 8.12.2009.

Bever, T.G. & Chiarello, R.J.(1974) "Cerebral dominance in musicians and non-musicians" in Science, 185. New York, AAAS, pp. 537 a 539.

Schlaug, G.; et al (1995) "Increased corpus callosum size in musicians" in Neuropsychology, 33. USA, Philadelphia Clinical Neuropsychology Group, pp. 1047 a 1055.

Elbert, T.; et al (1995) "Increased cortical representation of the left hand in string players" in Science, 270. New York, AAAS, pp. 305 a 307.

Draper, T.W.; et al (1987) Music and child development. New York, Springer-Verlag.

Sacks, Oliver (2007) Musicofilia. Portugal, Relógio D’Água Editores.

Documentário The Musical Brain, de Christina Pochmursky.

Entrevistas a: Sibila Lind, Ricardo Barriga, Rita Neves, Luis Santos, João Monteiro, Sofia Paes e Katia Reis.

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Última actualização: 13 de Dezembro de 2009
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