Introdução
Neste trabalho pretende-se abordar o tema da inteligência emocional, demonstrar que não é preciso ser-se muito inteligente para ter muito sucesso e que pessoas com problemas nas notas durante o período escolar não significa que mais tarde não venham ter um grande sucesso e altos cargos nas grandes empresas.
O que é a inteligência emocional?
A inteligência emocional é referida pela primeira vez por Charles Darwin, na sua obra “ As origens das espécies”, onde diz que a expressão emocional da espécie é essencial para a sua sobrevivência. A inteligência emocional tem por base o controlo das emoções de um indivíduo e a partir desse controlo usar as emoções de uma forma produtiva, como por exemplo no trabalho. As emoções, como a raiva, a ansiedade ou a tristeza, devem ser equilibradas e não suprimidas por causarem uma instabilidade nas pessoas.
"...a capacidade de perceber e exprimir a emoção, assimilá-la ao pensamento, compreender e raciocinar com ela, e saber regulá-la em si próprio e nos outros." (Salovey & Mayer, 2000).
Nesta definição dada por Salovey e Mayer mostra bem o conceito de inteligência emocional e de que devemos conciliar os nossos sentimentos e as nossas emoções e pô-las em pratica a partir do raciocínio. A inteligência emocional deve ser caracterizada por reconhecer as emoções e sentimentos, lidar com os sentimentos e por em prática em situações do dia-a-dia e dirigir essas emoções para um objectivo pessoal.
QI vs Emoções
O QI é o termo utilizado para designar Quociente de Inteligência, que é o índice calculado a partir da pontuação obtida em testes nos quais os especialistas consideram as habilidades que compreendem pelo termo inteligência. O QI portanto é uma maneira de calcular a capacidade mental de raciocinar, planear, resolver problemas, compreender ideias, linguagens e apreender. Os testes de QI levam ao cálculo da inteligência de um indivíduo, sobre a monitorização de especialistas devido às condições que podem alterar o resultado dos testes.
As emoções são fenómenos psico-fisiológicos que organizam o comportamento em maneiras eficientes de adaptação às exigências dinâmicas do ambiente. As emoções interferem em vários aspectos do funcionamento mental, influenciam quando prestamos atenção, quando aprendemos, o que nos lembramos e influenciam os julgamentos e decisões que tomamos. Envolve a monitorização, avaliação e utilização do conhecimento dos próprios humores, para os manter ou modificar conforme as necessidades, e o processo de regulação dos humores de outras pessoas. Com a criação dos testes de QI começou-se a dividir as pessoas em mais e menos inteligentes, considerando que os mais inteligentes teriam mais sucesso e teriam uma vida melhor. O QI tem influência na vida das pessoas, mas não determina o sucesso das mesmas. Ta comprovado que pessoas com um elevado QI têm um numero menor de doenças ao longo da sua vida, mas por outro lado o sucesso que obtêm não está relacionado. Através das emoções e do aproveitamento das mesmas, pessoas que o QI reduzido podem alcançar um grande sucesso e até mesmo mais do que as pessoas com um QI elevado que à partida teriam melhores condições para atingirem o sucesso.
Influência da inteligência emocional
A inteligência emocional tem como principais domínios: a auto-consciência emocional que consiste no conhecimento as próprias emoções e ter consciência tanto do nosso estado de espírito como dos nossos pensamentos a respeito desse estado de espírito, o domínio da gestão das emoções que nasce da auto-consciência, lidar com os nossos sentimentos de forma a torná-los apropriados às situações e que gerem reacções apropriadas, o domínio do controlo produtivo das emoções que consiste na auto-motivação e no maior auto-controlo e por as emoções ao serviço de uma meta; o domínio de demonstrar e reconhecer as emoções, uma capacidade que nasce também da auto-consciência, ter uma maior sensibilidade aos sentimentos e perspectivas dos outros melhorando a capacidade de interacção; e o domínio da gestão dos relacionamentos, uma habilidade de lidar com os nossos relacionamentos.
Para desenvolver a inteligência pessoas e fazer proveito destes domínios é preciso desenvolver as suas competências pessoais e as suas competências sociais. Desenvolver as competências pessoais é desenvolver a sua auto-consciência emocional, a sua auto-avaliação, a sua auto-confiança, o seu auto-domínio emocional, a sua transparência, a sua capacidade de adaptação, a sua capacidade de iniciativa, a sua capacidade de realização, o seu optimismo e desenvolver as suas capacidades intra-pessoais que consiste na sua auto-compreensão, percepção e gestão dos próprios sentimentos. Desenvolver as suas competências sociais é desenvolver o relacionamento interpessoal, a sua empatia e análise social, a sua comunicação, fazer e receber críticas construtivas, capacidade de desenvolver os outros, desenvolver a sua consciência organizacional, fazer uma gestão de conflitos e uma negociação de soluções, liderar mudanças, espírito de equipa e colaboração, desenvolver a sua influência, ter uma liderança inspiradora e uma gestão emocionalmente inteligente e desenvolver as suas capacidades inter-pessoais que consiste em entender as suas reacções, criar empatias, relacionar-se com o outro e gerir convivências em grupo.
A inteligência emocional influencia o nosso comportamento na medida em que as nossas emoções influenciam a nossa capacidade de pensar e planear, definem de certa forma os limites da nossa capacidade para utilizar as nossas aptidões mentais inatas. Se formos capazes de monitorizar e regular os sentimentos próprios e os de outras pessoas poderemos utilizar os sentimentos para guiar o pensamento e a acção, no cumprimento de um objectivo. As competências emocionais vêm ajudar a orientar o comportamento e o raciocínio de maneira a obter melhores resultados, podendo ser nutridas, desenvolvidas e ampliadas.
Nas empresas e inteligência emocional vem influenciar as nossas competências, habilidades e comportamentos no trabalho. Aproveitar a inteligência emocional ao máximo leva a um bom desempenho das competências pessoais.
"As pessoas com prática emocional bem desenvolvida têm mais probabilidade de se sentirem satisfeitas e serem eficientes nas suas vidas, dominando os hábitos mentais que fomentam a sua produtividade." (Daniel Goleman)
Conclusão
Penso que o sucesso de uma pessoa ao longo da sua vida é bastante discutível. Uma pessoa com um grande QI leva a no futuro a ter sucesso mas não quer dizer que as pessoas com QI menores devam desistir pois após este trabalho da para perceber que o desenvolvimento de algumas áreas e de algumas competências sócias podem a levar a um nível superior.
Bibliografia de base
Goleman, Daniel (1998), Inteligência Emocional. Sacavém, Temas e Debates
http://student.dei.uc.pt/~mafonso/ge/IntEmoc.html consultado em 12.12.2009
http://www.molwick.com/pt/inteligencias-multiplas/515-inteligencia-emocional.html#texto consultado em 12.12.2009
http://pt.wikipedia.org/wiki/Intelig%C3%AAncia_emocional consultado em 12.12.2009
http://pt.wikipedia.org/wiki/Testes_de_QI consultado em 12.12.2009
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