Alunos
Área de Projecto - Turma 12º/3
Trabalhos dos alunos:
| Ana Moreira
| Ana Montoito
| Margarida Costa
| Catarina Almeida
| Catarina Guerreiro
| Francisco Bioucas
| Francisco Melo
| Gilberto Gaudêncio
| Luís Guerreiro
| Maria Morais
| Mariana Silva
| Rodrigo Simões
| Susana Martins
| Taanit Corrêa
| Tiago Ribeiro
| Francisco Nascimento
José Prudêncio
Escola no Ano Zero
www.escola.joseprudencio.com
Francisco Bioucas
Estudo de Um Caso Real
Projecto de Investigação

Estoril, 18 de Novembro 2009

Projecto de Investigação

1. Tema geral: Sentido da vida

2. Tema específico: Eutanásia

3. Título do trabalho: Estudo de um caso real.

4. Pergunta a que o trabalho responde: Se temos o direito a uma vida digna porque não temos o mesmo direito para a morte digna?

5. Programa: Para formular uma resposta a esta questão vou estudar um caso real a partir dai tirar uma conclusão.



Francisco Bioucas

12º3, nº7

18.11.2009



Introdução

Com este trabalho pretendo dar a conhecer aos meus colegas e às pessoas interessadas parte da história de Ramón Sampedro e ao mesmo tempo, fazer uma pequena reflexão sobre a eutanásia.

Significado da Palavra

Eutanásia – “significa, etimologicamente, a morte fácil sem dor, sem sofrimento. Na linguagem corrente, corresponde ao assassínio por piedade, à morte agradecida. Consistiria na morte determinada e provocada pelo médico assistente ao doente, portador de doença crónica, incurável, de prognóstico indiscutivelmente fatal e doloroso mas pressupondo o consentimento do próprio doente ou familiar.”

Enciclopédia Luso-Brasileira de cultura volume 8 editorial Verbo Lisboa

Breve Historia

Ramón Sampedro era um galego que aos 19 anos fico tetraplégico, ao saltar do cimo de uma rocha para dentro de água, de cabeça, em consequência, ficou acamado durante 29 anos. Contudo aos 26 anos solicitou à justiça espanhola o direito ao suicídio assistido, durante cinco anos o processo esteve nas mãos da justiça, mas esta recusou. Sendo assim continuou a ver a vida a passar a sua frente não podendo fazer uma única coisa sozinho, necessitava constantemente que estivesse sempre alguém ou pé dele para o tratar. Contando sempre com o apoio da sua família e dos seus amigos.

A 14 de Janeiro de 1998 com a ajuda dos seus amigos este cometeu suicido, deixando um vídeo a demonstrar que tinha sido o próprio a tomar aquela decisão de livre vontade.

Como se deu o suicídio?

Segundo Ramona Maneiro, sua amiga, o suicídio decorreu da seguinte forma, como o descreve sete anos depois num programa televisivo. Pegou em dois copos de água cheios, em cada um colocou uma substancia diferente. Há sua frente pôs uma balança onde pesou uma aspirina e ao mesmo tempo cianeto, tudo com o consentimento do mesmo e dos amigos e familiares. De seguida em cada um dos copos pôs uma aspirina e no outro o cianeto em pó, e duas palhinhas uma em cada ao alcance da sua boca de Ramón Sampedro. Antes de ingerir o conteúdo dos copos pediu a um dos amigos para filmar que estava a tomar aquela decisão de livre vontade, que ninguém o tinha obrigado e mais ninguém tinha a ver com a prática daquela acção, principalmente os seus amigos e familiares, filmando assim as imagens de este a escolher o copo que continha o cianeto e a ingerir o próprio veneno, tendo assim uma morte rápida e sem sofrimento.


Veneno usado

Azul da Prússia ou cianeto é um composto químico que contem o grupo ciano, com uma ligação tripla entre o átomo de Carbono e o de Azoto. Este é extremamente tóxico sendo considerado um dos venenos mais letais para o homem. São necessárias aproximadamente 0.5 a 1mg para matar um homem de estatura média.

O seu uso é diverso, como na indústria da impressão, onde é utilizado o ferrocianeto ou azul da Prússia, ou então como combate as pragas, sendo o seu manuseamento extremamente perigoso.

Em vez do cianeto também se poderia ter sido usado morfina apesar de a dose ter de ser mais elevada, mas os efeitos seria os mesmos do que o veneno anterior. Neste caso não morreria de envenenamento mas sim de overdose.


Justiça Espanhola

Depois da sua morte as autoridades espanholas acusaram Ramona Maneiro e os outros amigos de terem praticado o assassinato do amigo. Contudo não ouve provas suficientes para os incriminar por isso foram ilibados.

Não houve provas suficientes para acusar alguém porque: o vídeo no qual confessava que estava farto de viver naquelas condições, de ver a vida a passar e de não puder usufruir do que o rodeava e gostava, mas este discurso não serviu de nada perante a justiça espanhola. Surgindo assim uma grande polémica em volta deste caso aumento ainda mais quando começaram a acusar os amigos e familiares, em consequência destes actos um movimento internacional de pessoas que defendia e defende a eutanásia começaram e enviar cartas onde confessavam terem sido estas a praticar tais acções sendo assim a por motivos legais não pode acusar ninguém.


Vale ou não a pena viver nestas condições?

Sempre ouvi dizer que a esperança nunca morre, mas nestes casos penso que sem motivação, sem capacidade para nos movimentarmos, sem possibilidade de podermos fazer aquilo que sempre gostamos e apreciamos, perdemos todas as hipóteses de realizar os sonhos que sempre quisemos. Sem motivação perdemos a esperança, sem esperança começamos desistir aos poucos e poucos mesmo que tenhamos acompanhamento daqueles que mais gostamos e amamos, penso que isto nos leva a desistir.

Isto foi o que aconteceu com Ramón Sampedro, desistiu da vida, compreendo perfeitamente as suas razões, possivelmente faria o mesmo, mas só vivendo esta situação é que poderia responder concretamente a questão visto que na realidade há possibilidade de a medicina evoluir de tal maneira que seja possível descobrir a cura para as doenças incuráveis, possivelmente tal evolução não devera decorrer nos próximos séculos, á de acontecer.

A eutanásia sempre existiu, era pratica normal entre os celtas, nomeadamente quando os idosos se tornavam incapacitados ou as crianças ao nascer tinham uma deficiência, eram eliminados porque não existia a possibilidade de estar a tomar conta destes grupos sociais, pois eram um fardo para a sociedade por isso era mais simples e seguro terem uma morte rápida, a questão de doença incuráveis nem era debatida sabia-se perfeitamente que os indivíduos com essas doenças não tinham hipóteses e nem se punha a questão de cuidados paliativos.

Actualmente estas pessoas já não são um risco para a segurança da população, já existem um conjunto de cuidados e pessoas responsáveis pelo seu tratamento, penso que são bem tratadas, mas o suicídio assistido deveria ser permitido. Acho que existe um conjunto de “mitos” religiosos e morais em relação a este tema, não deixando assim as pessoas tomar decisões livremente o que é completamente injusto e incorrecto cada um é responsável pela sua vida.

Contudo a eutanásia só é permitida na Holanda e na Bélgica mas só se o doente tiver um estado mental propício para tomar essa decisão a qual tem de ser aprovada por duas juntas medicas distintas. Na Suíça legalmente esta não é permitida mas há uma falha na legislação que diz que cada doente se pode suicidar caso seja este a ingerir o próprio veneno.

Em Zurique foi criada uma companhia ONG Dignitas, sem fins lucrativos, para ajudar estrangeiros que queiram praticar o suicídio assistidos, estes apenas pagam as despesas da viagem, e antes da sua execução os seus casos são estudados, o uso corrente deste método tem vindo a crescer em 2000 foram três caos e em 2002 e dois já foram 55 e tem continuado a crescer.



Conclusão

A partir deste trabalho posso concluir que a sociedade actual é muito fechada, assenta ainda em muitos princípios que já deveriam ter sido ultrapassados. Acho que se alguém estiver como o Ramón Sampedro deveria por de parte todos os princípios religiosos, morais, legais que as outras pessoas lhe impõem e fazer aquilo que pensa ser o mais correcto para o mesmo. Termino lembrando uma nossa pratica antiga, a do abafador.



7036 Caracteres.










































Bibliografia de Base

José Roberto Goldim (1998-2007) http://www.ufrgs.br/bioetica/sampedro.htm consultado em 14.11.2009

Márcia Augusto (14 de Janeiro de 2005) http://dn.sapo.pt/inicio/interior.aspx?content_id=605987 consultado em 14.11.2009

Ruben Dias (24 de Abril de 2008) http://eutanasiaap.blogspot.com/2008/04/casos-reais-1.html consultado em 14.11.2009

Wikipédia (17 de Outubro de 2007) http://pt.wikipedia.org/wiki/Cianureto consultado em 14.11.2009

Wikipedia ( 12 de Novembro de 2009) http://pt.wikipedia.org/wiki/Morfina consultado a 18.11.2009

Ruben Dias (24 de Abril de 2008) http://eutanasiaap.blogspot.com/2008/04/casos-reais-1.html consultado em 14.11.2009





Francisco Bioucas
Escotismo\Escutismo em Portugal
Projecto de Investigação

1. Tema geral: Desenvolvimento mental

2. Tema específico: Escutismo, escotismo em Portugal?

3. Título do trabalho: Os escoteiros.

4. Pergunta a que o trabalho responde: O que é o escutismo, escotismo em Portugal?

5. Programa: para elaborar este trabanho vo u recorrer às regras de elaboração de trabalhos científicos e aos objectivos da Área de Projecto.

Francisco Bioucas

12º3, nº7

São João do Estoril, 12.12.2009

Introdução

Escolhi o tema “Escotismo\Escutismo em Portugal” pelo simples facto de durante os onze anos que frequentei os escoteiros, de todas as pessoas que conheci, que não estavam relacionadas com estes e até por vezes elementos dos próprios escoteiros, não sabiam qual era a diferença entre ambas as palavras, contudo de toda esta gente apenas uma pessoa houve que me pergunto a razão da diferença. Posta e respondida a questão decidi passar a escrito o que então apurei dentro dos limites previstos no âmbito deste trabalho.

Breve história do escotismo

O Escutismo foi um movimento criado por um tenente-coronel do exército Britânico Robert Stephenson Smyth Baden-Powell mais conhecido por BP escoteiro chefe mundial. Durante as suas campanhas em África e Índia este alcançou grande prestigio mas guerras que frequentou principalmente no cerco de Mafeking onde os nativos afirmavam: "Quem tem Mafeking tem as rédeas da África do Sul", B.P. aguentou o cerco de 217 dias onde as forças inimigas eram superiores as suas até a chegada das tropas auxiliares, este acto de bravura entre outros levou-o a ser promovido a major tenente. Ao voltar da guerra já era considerado um herói para todos os adulto e crianças nomeadamente por causa dos actos de bravura praticados mas também pelo livro que escrevera, o qual para seu espanto estava a ser usado como manual escolar nas escolas masculinas, tinha o nome de “Aids to Scouting” (Ajudas à Exploração Militar). Ao ver a grande influência que o livro, dedicado principalmente aos adultos tinha uma grande influência nos jovens, escreveu então um novo livro dedicado principalmente aos adolescentes, para o realizar usou toda a experiencia que ganhara na Índia na África e ainda entre os Zulos e outras tribos indígenas das colónias inglesas onde prestou serviço.

Por ter a certeza de que o escutismo era um boa ideia no verão de 1907 com um grupo de 20 rapazes divididos em quatro patrulhas Maçarico-Real, Corvo, Lobo, Touro realizou o primeiro acampamento na Ilha de Brownsea o qual teve um grande êxito. No ano seguinte lançou seis fascículos quinzenais o “Escutismo para Rapazes”, que teve um enorme sucesso e sem mais nem menos surgiram movimentos escutistas não só em Inglaterra mas em todo o mundo.

Com o final da primeira guerra mundial, realizou-se a primeira concentração de escuteiros a nível internacional, em 1920 deu-se o Primeiro Jamboree Mundial, este acampamento realizou-se em Londres e teve um êxito estrondoso, na ultima noite BP foi proclamado “Escuteiro Chefe Mundial” por todos os escuteiros de todo o mundo.

Filosofia defendida

Todas as diferentes organizações existentes em Portugal, que se baseiam nos ensinamentos de Lord Baden Powell CNE, AEP, AGP e em todo o mundo têm diferentes tipos de compromisso, promessas, contudo nenhuma têm fins lucrativos. Cada associação tem uma promessa e uma lei diferente mas todas tem pontos em comum, quase todos, estes tentam criar nos jovens noções de cidadania e de ajuda ao próximo, seguir o ideal que BP deixou, fazer o melhor possível em todas as circunstâncias. O exemplo seguinte refere-se à lei e compromisso de honra da Associação de Escoteiros de Portugal.

“Prometo pela minha honra fazer o melhor possível por: cumprir os meus deveres para com a minha Fé (ou outra qualquer alusão de natureza religiosa) e à Pátria, auxiliar o próximo em todas as circunstâncias e viver segundo a lei de Escoteiro”

Lei do Escoteiro

1. O escoteiro é verdadeiro e a sua palavra é sagrada.

2. O escoteiro é leal.

3. O escoteiro é prestável.

4. O escoteiro é amigo de todos e irmão dos demais escoteiros.

5. O escoteiro é cortês.

6. O escoteiro é respeitador e protector da natureza.

7. O escoteiro é responsável e disciplinado.

8. O escoteiro é alegre e sorri perante as dificuldades

9. O escoteiro é económico, sóbrio e respeitador do bens dos outros

10. O escoteiro é integro nos pensamentos, palavras e acções

Em Portugal

Em Portugal surgiram três movimentos escutistas diferentes, mas ambos provêm da mesma filosofia e visam ambos defender a mesma coisa, o primeiro grupo criado não era considerado AEP nem CNE surgiu em 1911, foi criada pelo Tenente Álvaro Machado em Macau, que nessa data ainda era um colónia Portuguesa, no ano seguinte no continente surgiram três grupos em Lisboa que a 6 de Setembro de 1913 criaram a Associação de Escoteiros de Portugal (AEP), que era e é uma associação alheia a credos religiosos e partidarismos político, ou contrario da que foi criada dez anos depois, a 27 de Junho, o Corpo Nacional de Escutas (CNE) ou Escuteiros Católicos Portugueses, em Braga, criados pelo Arcebispo Primaz, D. Manuel Vieira de Matos por fim em 1934 surge o Associação de Guias de Portugal (AGP). Contudo com a ditadura de António Oliveira Salazar, estes movimentos correram o risco de ser suprimidos com a temntativa de integração na Mocidade Portuguesa, se não houvesse a intervenção do Arcebispo de Braga D. Manuel Vieira De Matos.

Diferenças entre ambos

A AEP e AGP são escoteiros não católicos ou seja não são obrigados a frequentar a religião católica para pertencerem à organização . A AEP e o CNE são constituídos por elementos de ambos os sexos , as sua fardas e organização inicialmente eram diferentes mas partir de 2007 surgiram alterações da parte da AEP a nível da organização e da farda tornando ambas as organizações mais semelhantes, contudo ainda há uma diferencia entre os CNE e AEP, para ser CNE é obrigatoriamente necessário ser-se católico, se não o for ou passa a ser ou não entra na organização. Contudo a AGP só é frequentada por elementos do sexo feminino, o seu fardamento è totalmente diferente de ambos mas a organização é idêntica a todos os outros.

Conclusão

Acho que o aparecimento do escuteiro foi um acontecimento bastante positivo, pois por experiencia própria aprendem-se coisas que não se aprenderiam noutro lado, desenvolvendo todas as nossas capacidades, permitindo adquirir conhecimentos que de outro modo não se obteriam. Quanto à diferença entre o “o” e o “u” da forma de escrever escutismo ou escotismo

até hoje ninguém me soube explicar tal diferença de grafia.

Bibliografia de Base

Livro

Tribo exploradores progresso pessoal

Internet

Corpo nacional de escutas (2008) http://www.cne-escutismo.pt/CNE/Hist%C3%B3ria/Cronologia/tabid/312/Default.aspx consultado em 12.12.2009

Associação de escoteiros de Portugal (2009) http://www.escoteiros.net/site/artigo.php?id=54&menu=2 consultado em 12.12.2009

Associação de guias de Portugal http://www.guiasdeportugal.org/quem/historia.htm consultado em 12.12.2009

Wikipédia (11 Dezembro de 2009) http://pt.wikipedia.org/wiki/Baden-Powell consultado em 12.12.2009

Wikipédia ( 22 de Maio de 2009)http://pt.wikipedia.org/wiki/Escotismo_em_Portugal consultado em 12.12.2009

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Última actualização: 13 de Dezembro de 2009
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