José Prudêncio
Escola no Ano Zero
www.escola.joseprudencio.com
Catarina Lopes
Animais no Circo

Projecto de investigação

1. Tema geral: Ética

2. Tema específico: Direitos dos animais

3. Titulo: Animais no circo

4. Pergunta: Será legítimo ter animais no circo?

5. Projecto: Vou investigar as condições em que vivem os animais, os direitos dos animais, estudar a lei que proíbe a exibição e reprodução de animais no circo.

Catarina da Costa Torres Lopes

12º4 nº3

Estoril, 18 de Novembro de 2009

Introdução

Este trabalho visa a informar as pessoas sobre a portaria que impede a exibição e reprodução de animais no circo, e sobre as condições a que estes animais estão sujeitos para que possamos ver um lindo espectáculo com animais selvagens a fazer diversas acrobacias.

A partir de Outubro de 2009, os parques zoológicos, centros de recuperação de animais e outras entidades licenciadas pelo ICNB (Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade), são os únicos a quem a lei permite deter animais considerados selvagens ou exóticos como os felinos (tigres e leões entre outros), hipopótamos, elefantes ou macacos. Os circos estão impedidos de comprar animais selvagens para os seus espectáculos, mas podem manter os animais que já detinham antes da entrada em vigor da portaria 1226/2009. A reprodução de animais em cativeiro passa também a ser proibida, todos os animais existentes têm de ser esterilizados ou separados por sexos, e quando morrerem os animais que estão agora a actuar nos espectáculos, não pode ser criado ou adquirido mais nenhum. No entanto, segundo Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB), os circos vão continuar a ter elefantes, leões e tigres nos próximos 10 ou 20 anos. Isto, explica o instituto, depois de fazer contas baseadas na idade dos animais que vivem actualmente nos circos, pois os animais que actuam agora são jovens, estão de boa saúde e têm uma esperança média de vida alta. Devido a esta nova lei muitos donos de circos estão revoltados e demonstram-se capazes de lutar para que esta nova portaria seja revogada, Miguel Chen admite que vai deixar os animais no estado natural, "como eles se sentem bem". "Esteriliza-los ou separa-los é contra-natura, por isso vou deixá-los viver a vida deles e que façam o quiserem". Miguel Chen aproveita e deixa um recado um pouco provocador: "o ministro se quiser que venha cá tratar do assunto e separa-los", Victor Hugo Cardinalli mostra-se um pouco mais calmo dizendo apenas que vai juntamente com a European Circus Association lutar para que esta lei mude através dos advogados que esta associação tem porque, diz Cardinalli, o circo sem animais não vai agradar a todos. (In Diário de notícias a 14 de Outubro de 2009.)

A associação ANIMAL e a Liga Portuguesa para os Direitos do Animal aplaudiram o Governo pela proibição da exibição de animais em circos. “Este é um forte sinal de que o Governo está acordado para esta questão”, da exploração dos animais em circos, disse Miguel Moutinho, da associação ANIMAL, que defendeu que os animais deviam ser retirados do circo. O fim desta “tradição” é “um passo no sentido de acabar com a exploração dos animais” disse Maria Sampaio, presidente da Liga Portuguesa para os Direitos dos Animais, mas ressalvou que agora é necessário que a fiscalização seja implementada. (citações in www.smmp.pt a 13 de Outubro de 2009)

Após esta análise e reflexão sobre a nova portaria é de salientar os direitos dos animais que são “escravizados” e as condições em que estes vivem em circos por todo o mundo.

Direitos dos animais

“Artigo 4º

1. Todo o animal pertencente a uma espécie selvagem tem o direito de viver livre no seu próprio ambiente natural, terrestre, aéreo ou aquático, e a reproduzir-se.

2. Toda a privação de liberdade, incluindo aquela que tenha fins educativos, é contrária a este direito

Artigo 10º

1. Nenhum animal deve ser explorado para entretenimento do homem.

2. As exibições de animais e os espectáculos que se sirvam de animais, são incompatíveis com a dignidade do animal.”

In direitosdosanimais.no.sapo.pt (aprovados pela ONU e UNESCO a 14 Novembro 2009)

Estes são, dos direitos dos animais, talvez os mais importantes para este tema porque mostram como a utilização de animais no circo vai contra toda a dignidade dos mesmos. É também de salientar que muitos dos animais utilizados nestes “espectáculos” são animais selvagens em vias de extinção, que poderiam estar em reservas naturais e não a serem mal tratados e a viverem em péssimas condições na maioria dos circos, condições essas que se resumem a jaulas pequenas, pouco alimento e maus tratos.

Pode-se pensar que em Portugal não existem maus tratos como se vê em vídeos dos circos estrangeiros mas muitos são os animais resgatados de circos como o Circo de Portugal e Circo Chen, animais estes que se encontram em péssimo estado, muito magros e doentes. Nos últimos quatro anos o ICNB recolheu sete leões e quatro tigres abandonados na via pública, encontrados em jaulas que indiciavam ser de circos, mas nunca houve uma confirmação. Para além disso temos também o tempo que um animal destes necessita para aprender todos os magníficos truques que vemos quando vamos ao circo, truques esses que demoram certamente muitas e longas horas em que o animal esta a ser sujeito a maus tratos para que aprenda a fazer o que o seu domador quer, e aprenda a respeitar este. Temos como exemplo os leões, para que estes animais extremamente selvagens e violentos obedeçam a um Homem sem o atacarem é necessário muito respeito, o problema esta realmente na maneira com que o Homem consegue esse respeito, através de violência física excessiva a que um animal selvagem deste porte não deveria ser sujeito, hoje em dia os leões no circo são tratados como animais de estimação, como se de um gato se tratasse.

A única maneira de acabar com essa violência é mesmo acabando com os animais no circo, pois parte dessa violência é necessária para ensinar ao animal os diversos truques, será como ensinar um cão a fazer as suas necessidades na rua, temos sempre que recorrer a violência, embora nas nossas casas essa violência seja mínima. Em animais selvagens é necessária violência, sim, mas não exageradamente como se tem vindo a demonstrar acontecer em diversos circos.

Um argumento que pode ser utilizado contra esta nova lei é “o que farão as pessoas que vivem do circo com animais?” A essas pessoas e aos donos de circos deve-se recomendar que invistam o dinheiro que gastavam com a compra e manutenção desses animais em bons trapezistas, malabaristas, mágicos e palhaços e formem circos como o Cirque du Soleil, que é um dos mais, se não o mais, prestigiado circo do mundo no qual não existe a actuação de qualquer animal, ou em outros tipos de espectáculos originais, e assim consigam que o circo renda tanto ou mais dinheiro. Talvez esta seja uma boa forma de manter o brilho e o espectáculo que é o circo sem o sofrimento dos animais que hoje em dia são parte integrante destes “shows”.

Conclusão

Assim sendo e em jeito de conclusão respondo a pergunta, é legitimo ter animais a viver em péssimas condições e sujeitos a maus tratos apenas por diversão e lazer do Homem?

Na minha opinião e na opinião de inúmeras pessoas, não, não é legitimo utilizarmos como objectos estes animais selvagens que sofrem durante todo o processo de aprendizagem que um circo requer e todo o processo da preparação dos espectáculos diários de circos que viajam pelo Mundo fora, esta não é uma tradição que deva ser mantida, não se trata de questões culturais ou algo do género, trata-se da dignidade de animais que são utilizados pelo Homem para puro lazer e diversão.

Bibliografia

Abreu, Bruno, Diário de Noticias, 14 de Outubro de 2009

Netografia

Smmp 2008, http://www.smmp.pt/?p=5224 a 10 de Novembro de 2009

PETA, http://www.circuses.com/, 10 de Novembro de 2009

7.195 Caracteres

Catarina Lopes
Desenvolvimento Infantil
Projecto de investigação

1. Tema geral: Domínio mental

2. Tema específico: Desenvolvimento

3. Titulo: Desenvolvimento infantil

4. Pergunta: Qual o nível de desenvolvimento de uma criança de 2 anos?

5. Projecto: Vou investigar qual o nível de desenvolvimento de uma criança com cerca de dois anos, mostrando um exemplo através de experiências efectuadas com uma criança de 23 meses.

Catarina da Costa Torres Lopes 12º4 nº3

Estoril, 10 de Dezembro de 2009

Introdução

Este trabalho pretende mostrar como as crianças com de dois anos estão desenvolvidas, e mostrar também quais as suas capacidades de compreensão, percepção e execução de tarefas simples do quotidiano de uma criança.

Um recém-nascido é capaz de ver e ouvir, bem como de perceber e reconhecer cheiros. Mesmo sendo, o desenvolvimento infantil, lento e pausado o cérebro de uma criança tem durante os primeiros anos de vida capacidades sofisticadas. Um exemplo disso é o seu desenvolvimento durante o primeiro ano de vida. Em que:

“Dos zero aos três meses reconhece o cheiro da mãe, ouve bem, reconhecendo também quando á distancia a mãe lhe fala e prefere desenhos em preto e branco, já que nos primeiros 4 meses de vida vê apenas em tons de cinzento, a nível físico nesta altura o bebe deve conseguir aguentar o queixo e peito para cima e tentar agarrar objectos.

Dos quatro aos seis meses é capaz de distinguir cores como o azul, roxo, e amarelo, distingue também rostos e mostra preferência por sabores doces, a nível físico consegue sentar-se com apoio, sentar no colo e agarrar objectos pendentes.

Aos seis meses começa a lidar com a ausência da mãe sendo capaz de ficar sozinho por pouco tempo desde que ainda ouça a mãe.

Dos seis aos oito meses reconhece o horário em que come e começa a explorar objectos e texturas com as mãos. Reconhece e identifica os objectos que lhe pertencem como sendo dele, a nível físico senta-se sozinho e consegue manter-se em pé desde que apoiado em algo.

Dos oito aos dez meses reconhece o próprio rosto e antecipa situações, como por exemplo, que vai á rua quando lhe vestem o casaco. Por esta altura deve começar a gatinhar.” (Revista domingo do Correio da manhã, nº11137 a 29.11.09)

A partir do primeiro ano de idade nota-se um maior desenvolvimento a nível físico e psicológico, em que um bebe começa a caminhar sozinho e a perceber frases simples. Claro que tudo isto só é possível, quando existe por parte de quem rodeia os bebes, um estímulo que permita a estes, aprender palavras e gestos novos. Para uma criança desta idade são muito importantes os estímulos externos.

Quando se aproxima dos 2 anos de idade (24 meses) um bebé estimulado normalmente é capaz de transportar objectos na mão enquanto caminha, o que demonstra um grande desenvolvimento físico. Com 2 anos de idade um bebé é também capaz de brincar ao faz-de-conta por exemplo dar o almoço/jantar aos bonecos, ou seja, percebe para que servem os objectos e utiliza-os como se fosse de verdade, nesta idade são também comuns birras porque é uma idade em que as crianças são muito sensíveis a aprovação/desaprovação dos adultos e começam a ter sentimentos de posse em relação aos seus objectos sendo difícil partilha-los. Nesta fase o bebé já consegue abrir caixas, portas e até calçar os sapatos de fecho mais simples. Já tem em média dezasseis dos vinte dentes de leite e é altura de começar a pensar em tirar-lhe a fralda. O bebé começa a responder às perguntas e a estabelecer pequenos diálogos consigo, e claro, muito traquina, as suas respostas favoritas vão ser o “não vou”, “não quero” e “não gosto”.

Experiências

Decidi que para me ajudar neste trabalho deveria efectuar experiencias e observar um bebé, do sexo feminino com 23 meses. As experiencias efectuadas foram sempre com o intuito de perceber o desenvolvimento de uma criança nesta fase vendo como ela se adapta a situações do dia-a-dia.

Experiência nº 1: Vestir e despir

Nesta primeira fase decidi começar por algo simples, ao qual é sujeita diariamente. Esta bebé veste-se ainda com a ajuda de um adulto mas sozinha consegue por os braços nas camisolas e casacos, já despir é bem mais fácil e consegue tirar toda a sua roupa facilmente à excepção do Body pois os botões são um pouco difíceis de desabotoar. É de salientar que as birras com a roupa são constantes devido à sua idade e sensibilidade com a aprovação/desaprovação dos adultos.

Experiência nº2: Higiene

Esta é sem dúvida a sua parte preferida da experiência e lavar os dentes é a sua tarefa de eleição principalmente pelo sabor adocicado da pasta, no entanto tomar banho é também outra coisa adorada não só por esta bebé como por todas as crianças em geral, podem brincar á vontade na água e adoram poderem ser elas a esfregar o cabelo e espalhar sabonete.

Experiência nº3: Formas e cores

Esta fase começa a ser um pouco mais a cerca do desenvolvimento intelectual, e para isso utilizei um brinquedo com cubos, triângulos, esferas, rectângulos e buracos que correspondiam a estas formas, todos coloridos. Pedi-lhe que coloca-se todos no sítio certo e ela foi capaz de executar a tarefa na perfeição, no entanto quando lhe perguntei as cores dessas peças já se mostrou um pouco menos apta, confundido o cor-de-rosa com o vermelho o amarelo com o laranja.

Experiencia nº4: Musica

Como todos os bebés este está na maioria das vezes bem-disposto, e quando houve musica, dança bastante, com muito ritmo e mostrando um óptimo equilíbrio, mas devido ao seu vocabulário desenvolvido reparei que não só dança dentro do ritmo como canta com a entoação necessária da música. Canta músicas daquelas que lhe cantamos para a adormecer e canta as músicas dos genéricos de muitos dos seus desenhos animados preferidos.

Experiencia nº 5: Desenhos animados

Esta é uma bebé que como muitos outros, adora ver desenhos animados, mas claro que existe uns que gosta mais do que outros, os que adora vê tão atentamente que podemos tentar falar com ela que ela não nos responde, canta, dança e sente o que as personagens dos desenhos animados estão a sentir, podemos ver isso pelas suas expressões faciais ao longo do tempo em que vê os desenhos animados. Um dos seus desenhos animados preferidos é a historia de uma princesinha e vê com tanta atenção que faz questão de horas ou dias depois fazer coisas como as que viu nesses episódios. Por exemplo num dos episódios a personagem está a jogar um jogo de tabuleiro e ganha muitas vezes, dias depois mostrei-lhe um jogo semelhante ao desse episódio e ela começou a dizer com muita felicidade que tinha ganho o jogo.

Por último fiz uma experiencia sobre a partilha dos seus objectos, nesta experiencia ofereci-lhe um brinquedo e após cerca de 10 minutos “obriguei-a” a partilha-lo com outro miúdo da sua idade. Como era de esperar pediu-me vezes sem conta para tirar o brinquedo ao outro menino, mas nunca ela tomou a iniciativa. O que mostra um certo sofrimento por estar a partilhar as suas coisas mas também um respeito, medo e vergonha de ser ela mesma a tirar o brinquedo ao outro menino.

Conclusão

Conclui com todas estas experiências que esta é uma bebé que tem de facto um desenvolvimento notável que advém de um grande estímulo por parte dos familiares próximos. Por isso no decorrer destas duas semanas a observá-la pude verificar que o seu desenvolvimento vai para além do que seria de esperar com a sua idade. Mas para ter um ponto de comparação observei outro bebé (sem efectuar as experiencias, mas observando o seu dia-a-dia) também do sexo feminino mas com menos 2 meses que a primeira, ou seja, 21 meses e assim pude ver que a bebé de 23 meses tem um vocabulário muitíssimo mais extenso que a segunda bebé e até que a maioria dos bebés da sua idade e sendo irrequieta mostra-se fisicamente mais desenvolvida. A primeira bebé, come sozinha, ajuda no banho e a vestir-se, corre, fala com muito mais afluência e facilidade do que a segunda que com 21 meses tem o seu vocabulário limitado a palavras como “mamã”, “papá”, “xixi” e pouco mais, sendo fisicamente muito mais limitada e menos desenvolvida, esta é também uma prova de que o estimulo externo é um factor muito importante para o desenvolvimento infantil.

Bibliografia

Sousa, Alberto, Avaliação do desenvolvimento da criança, Livros do horizonte

Martinot, Clara, O desenvolvimento cognitivo, Bertrand

Revista “Domingo” do Correio da Manha, edição nº11137 a 29.11.09

Netografia

Aptamil; http://milupa.pt/bebe-12_23.html

Psicologia e recursos humanos; http://www.insight.pt/desenvolvimentocriancas.htm

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Última actualização: 13 de Dezembro de 2009
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